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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Meteoro caiu em Atalaia do Norte em 1908

Em 1908, a queda de um meteorito abriu uma cratera de aproximadamente um quilômetro de diâmetro no município de Atalaia do Norte.

A queda de meteoros é um evento incomum em todo o mundo. Na manhã desta sexta-feira (15), um objeto celeste caiu na Rússia, deixando mais de mil pessoas feridas. O evento, apesar de raro, não foi maior que o do rio Curuçá, no Amazonas. Em 30 de junho de 1908, a queda de um meteorito, no município de Atalaia do Norte, abriu uma cratera de aproximadamente um quilômetro de diâmetro, em meio ao Vale do Javari.

De acordo com o astrofísico brasileiro Ramiro de La Reza, o objeto celeste, com energia provável de 5 megatons, conseguiu tocar o solo e, neste caso, quase toda a energia foi utilizada para evaporar o corpo e produzir a escavação. O especialista afirmou que este foi um dos três maiores fenômenos no século 20, ao lado dos casos de Tunguska (Sibéria), em 3 de junho de 1908, e na Guiana Inglesa, em 11 de dezembro de 1935.

O pesquisador explica que os três eventos aconteceram pelo mesmo motivo. Quando a Terra gira em torno do Sol (de forma eclíptica), ela encontra em seu caminho partículas de cometas, circulando de forma perpendicular. Com a proximidade dos corpos, é possível que pequenas partículas caiam na atmosfera terrestre. No Amazonas, a chuva de meteoros acontece especificamente no dia 12 ou 13 de agosto, todos os anos.

A expedição

De La Reza liderou uma equipe de pesquisadores para estudar o evento em Atalaia do Norte, popularmente chamado de Tunguska Brasileiro. Em artigo publicado na ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, intitulado ‘O evento do Curuçá: bólidos caem no Amazonas’, o especialista afirmou que o grupo conseguiu localizar o local do impacto em 1997, “graças aos modernos GPS” e com o apoio da Rede Globo, Televisão ABC da Austrália e Fundação Nacional do Índio (Funai).

O astrofísico afirma, ainda, que há outras evidências do ocorrido. Um deles é o relato do monge capuchinho Fedele D’Alviano. Em missão religiosa pelo Amazonas, ele descreveu mudança da cor do céu por conta da nuvem de poeira, um tremor de terra e seringueiros apavorados. Outra seria que o Observatório Sismológico San Calixto, em La Paz (Bolívia), também registrou a queda de objetos celestes no mesmo período de tempo dos relatos históricos.
Fonte: http://www.portalamazonia.com.br/editoria/atualidades/especialistas-relembram-casos-de-meteoros-vistos-ou-que-cairam-na-amazonia/

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