Há árvores que viram o mundo mudar, e continuam de pé. O baobá mais antigo do planeta, com 6 mil anos, já existia dois milênios antes das pirâmides do Egito. Símbolo de resistência africana, ele é capaz de armazenar até 120 mil litros de água dentro do tronco, o suficiente para sobreviver a décadas de seca. Uma verdadeira fortaleza viva que desafiou o tempo e o deserto.
Em regiões como Madagascar, comunidades inteiras crescem ao redor de um único baobá. Ele oferece sombra, alimento, remédio e água, sustentando gerações. Os Malagasy acreditam que os deuses o plantaram de cabeça para baixo, com as raízes apontando para o céu, como um elo entre o divino e a Terra.
Mas até gigantes sentem solidão. A bióloga Sarah Venter descobriu que baobás isolados morrem de tristeza, mesmo quando têm água e nutrientes. Guardiões silenciosos da história da humanidade, esses colossos vegetais carregam em seus troncos a memória de eras, um lembrete de que até a força precisa de companhia para florescer.

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