Primeiro dia da greve dos professores do Amazonas


O início da greve dos professores estaduais afetou, na segunda-feira (15), 175 escolas do Amazonas, de um total geral de 598 unidades de ensino em todo o Estado.

Sob intensa chuva, cerca de 600 trabalhadores da rede estadual de ensino participaram, ontem, de caminhada que marcou o início da greve dos professores. O ato começou às 9h, na Praça da Polícia, e prosseguiu em caminhada rumo à Praça da Matriz. O objetivo é pressionar o Governo do Estado a retomar a mesa de negociações com a categoria, que reivindica reajuste de 15% no valor da data-base.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), entidade representativa legal da categoria, a diretoria não teve acesso à decisão judicial que determinou a suspensão do indicativo de greve para hoje, sob risco de pagamento de multa no valor de R$ 20 mil (por dia), podendo chegar até R$ 400 mil, caso não fosse cumprida a medida.

O governo, por meio da Seduc-AM, manteve a proposta de aumento em 3,93%. “É um valor pífio. Já se passou um mês do vencimento da data-base e o que temos até agora são cartas de intenções”, afirmou Cleber Ferreira, diretor financeiro do Sinteam.


Posicionamento

Em nota, a Seduc-AM informou que a decisão da Justiça, que atende um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) em relação ao indicativo de greve dos sindicatos, teve como objetivo assegurar o funcionamento da rede estadual de ensino e não prejudicar os 420 mil alunos.

Ainda de acordo com a pasta, vale ressaltar que Governo do Amazonas, que em janeiro honrou o pagamento 9,38% da data-base de 2016, tem se mantido aberto ao diálogo com os representantes das categorias para apresentar as propostas e possibilidades do Estado em relação às reivindicações dos trabalhadores da educação e já assegurou o pagamento da data-base em percentual de 3,93%, como fez com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e delegados de Polícia Civil. Todas essas categorias receberão em relação a 2019 a reposição salarial, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede a oferta de percentuais maiores na data-base.

Para os trabalhadores da educação, conforme a Seduc-AM, além do cumprimento da data-base, o Estado apresentou a proposta de pagamento das progressões horizontais por tempo de serviço, garantindo mais 2% de reajuste para 22 mil profissionais da educação. Além disso, propôs o pagamento das progressões verticais por qualificação que podem representar ganhos de 12%, 50% e 55%. As duas propostas foram apresentadas como uma alternativa para garantir ganhos reais aos servidores da educação.

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