Novais "pede demissão" do Ministério do Turismo
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por: LARYSSA BORGESD
Acompanhado do vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro do Turismo, Pedro Novais, entregou na tarde desta quarta-feira sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. A situação política do ministro havia se deteriorado após suspeitas de que ele teria usado recursos públicos para o pagamento de uma governanta e de um motorista para a família.
Denúncias
A crise começou com a deflagração da Operação Voucher, da Polícia Federal (PF), que prendeu, no início de agosto, 36 suspeitos de envolvimento no desvio de recursos de um convênio firmado entre o Ministério do Turismo e uma ONG sediada no Amapá. Entre os presos estavam o secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, e um ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).
Dias depois, o jornal Correio Braziliense publicou reportagem que afirmava que Novais teria sido alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as irregularidades do ministério 47 dias antes da operação da PF, sem tomar qualquer medida. Novais negou que tivesse recebido qualquer aviso do TCU.
Outras denúncias vieram do jornal Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, Novais teria usado dinheiro público para pagar a governanta de seu apartamento em Brasília de 2003 a 2010, quando ele era deputado federal pelo PMDB do Maranhão. Em outro caso, o ministro utilizaria irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular de sua mulher, Maria Helena de Melo.
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