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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Grito dos Excluídos e Excluídas reúne cinco mil pessoas

Por: ANA CAROLINA BARBOSA
Grito dos Excluídos reúne multidão em Manaus (Evandro Seixas)

Exigir que direitos previstos em lei, tais como saúde e educação de qualidade, trabalho, habitação, além de chamar a atenção das autoridades para questões ambientais, problemas como a prostituição infantil e a necessidade de novas políticas de saúde da mulher. Essas são algumas das metas do “Grito dos Excluídos e Excluídas”, ato que está na sua 17ª edição e ocorreu em Manaus, simultâneo a dezenas de cidades brasileiras. O tema escolhido para 2011 foi: “Vida em Primeiro Lugar! Pela vida grita a terra ... Por direitos, todos nós”.

Os manifestantes também cobram mais transparência nos investimentos das obras da Copa de 2014 e pedem melhorias no transporte público urbano, abastecimento de água e mais geração de emprego e renda. A ampliação dos questionamentos vai até a Arena Amazônia e projetos do monotrilho e do Bus Rapid Transit (BRT).

O evento ocorreu das 15h e 19h e reuniu aproximadamente cinco mil pessoas em uma caminhada que iniciou na avenida Constantino Nery (próximo à Stok Casa) e encerrou na Arena Amadeu Teixeira (Alvorada, Zona Centro-Oeste). O ato foi uma iniciativa da Igreja Católica, Caritas Brasileira e pastorais sociais.

No “Ato Final”, que encerrou a caminhada, houve apresentação de dança do grupo da Pastoral Indígena e a elaboração de uma carta com os pleitos da população, que será levada às autoridades.

De acordo com Maria de Guadalupe Péres, membro da coordenação do evento, foi solicitado o apoio da Polícia Militar (PM) e Instituto Municipal de Trânsito (Imtrans) para garantir a segurança e organização durante o “Grito”, que é uma continuação da Campanha da Fraternidade, ocorrida logo após o carnaval se estendendo pela Semana Santa.

Entre os convidados, membros da sociedade civil organizada, entidades missionárias, étnicas, além de 13 paróquias acompanhadas de outros três organismos católicos. “Todas as pessoas estão convidadas”, ressaltou Guadalupe. Também participarão do ato os seguintes grupos: S.O.S. Encontro das Águas, Pastoral Operária, MNLM (Movimento Nacional de Luta Pela Moradia), Pastoral da Saúde e Fórum de Mulheres. Este último ficará responsável por uma apresentação teatral cujo tema será “Prostituição Infantil e Saúde da Mulher”.

Ela ressalta que, em apoio aos movimentos de combate à corrupção, a coordenação do Grito dos Excluídos pediu aos participantes que utilizam um lenço ou faixa pretos durante a caminhada. O mesmo será feito em outras capitais brasileiras, lembrando que a população está “cansada dos escândalos”, já frequentes na política brasileira.

Meio ambiente
Seguindo o exemplo da Campanha da Fraternidade 2011, cujo tema foi “Fraternidade e Vida no Planeta”, o Grito dos Excluídos e Excluídas deste ano também chama a atenção para as questões ambientais, propondo a preservação do meio ambiente e a adoção de políticas públicas que a viabilizem. “Questionaremos o cuidado com a terra, com a mãe natureza, meio ambiente, que nós queremos preservado para nossos netos no futuro”, disse.

Também será retomada a discussão sobre a construção do porto das Lajes, obra do Estado que deve ser realizada no encontro das águas, ponto turístico que havia sido tombado como patrimônio da humanidade e teve o processo revertido. “Queremos esclarecer que não somos contra a construção do porto e sim no local no qual ele será construído”.

Entre os membros da coordenação do evento, estão: Padre Anselmo Dias (Pastoral da Comunicação – Pascom), Antônio Fonseca (Caritas), Marcos Brito (Caritas), Luzarina Varela (Pastoral Operária), Francis Júnior (Fórum de Mulheres), Vasconcelo Filho (Assembleia Popular), Núbia Gonzaga (Caritas, projeto Pescador), Zarete Pereira (Pastoral Carcerária), Maria de Guadalupe Péres (Coordenação das Pastorais Sociais e da Pastoral da Saúde).

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