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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Amazonas tem somente uma escola entre as 100 melhores do Enem 2010

Já entre as cem escolas com piores índices no Enem 2010, o Amazonas tem nove escolas, o quarto maior número no país, ficando atrás apenas de Espírito Santo, Goiás e Maranhão.

Apenas o Centro Educacional Lato Sensu do Adrianópolis, localizado na zona centro-sul de Manaus, conseguiu ficar entre as cem melhores escolas no Exame Nacional do Ensino Médio em 2010. O colégio, conhecido pela rigidez das normas e por ser um dos mais caros da cidade, obteve o 76º lugar com nota de 696.77.

O Lato Sensu ainda consegiu ficar em segundo lugar entre as escolas do Amazonas no Enem 2010. A outra sede, localizada no Centro de Manaus, conseguiu 692.46 pontos e ficou em 101º colocação.

Em seguida, vieram, respectivamente, a Fundação de Ensino Nokia com 687.14 pontos (151º lugar nacional), Centro Literatus com 660.37 (538º lugar) e Colégio Militar de Manaus com 641.51 pontos (1119º lugar).

O Colégio Nossa Senhora do Rosário, do município de Itacoatiara, distante 175km da capital, é a mais bem colocada dos municípios do interior do Estado com 637.07, ficando na 1290º no ranking nacional.

Já entre as cem escolas com piores índices no Enem 2010, o Amazonas tem nove escolas, o quarto maior número no país, ficando atrás apenas do Espírito Santo (com 31 colégios), Ceará (16) e Maranhão (11).

Com a nota mais baixa do Estado ficou a Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, no município de Santo Antônio do Iça, distante de Manaus 878km, que ficou com 359.79 pontos em 19.414º.

Melhores escolas públicas do Enem são federais, militares ou de ensino técnico

Todas as escolas públicas que compõem a lista das 100 melhores no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 têm modelo de organização diferenciado e boa parte está vinculada às universidades públicas. Ainda fazem parte desse grupo os colégios militares, os institutos federais de Educação Profissional e as escolas técnicas estaduais. Nenhuma delas é uma unidade da rede estadual com oferta regular.

Os chamados colégios de Aplicação, ligados às faculdades de Educação de universidades públicas, sempre ocupam posição de destaque nos rankings do Enem. O da Universidade Federal de Viçosa (UFV) é o oitavo com o melhor resultado em todo o país em 2010. A média obtida pela escola mineira foi 726,42 pontos, levando em conta as notas das provas objetivas e a redação - enquanto a nacional é inferior a 600 pontos.

Para Mozart Neves Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), o bom resultado dessas escolas se deve, em grande parte, ao modelo diferenciado de organização, à qualidade dos professores e à infraestrutura . “Em primeiro lugar, as escolas de aplicação não têm a mesma estrutura de carreira para seus profissionais do que uma escola pública comum. Em geral, os professores têm mestrado, doutorado e são ligados às universidades. São escolas quase de tempo integral, o aluno fica o dia inteiro em laboratórios que funcionam”, explica Ramos.

Outra diferença é que, em muitos casos, os colégios de aplicação selecionam seus alunos por meio de uma prova, já que a procura é maior do que a oferta de vagas. Nesse caso, o próprio corpo discente já tem um nível mais alto do que em uma escola comum, que não escolhe os alunos que serão matriculados.

Também aparecem com destaque na lista das melhores escolas públicas os colégios militares e os institutos federais que oferecem o ensino médio integrado à educação profissional. Em Brasília, a escola pública com nota mais alta no Enem é o Colégio Militar. A nota média da escola foi 637 pontos, com taxa de participação de 55% dos alunos. Para o vice-diretor do colégio, coronel Samuel Pureza, o bom resultado é fruto da proposta pedagógica.

“Procuramos incutir nos nossos alunos valores e a busca de ideais. Aqui não é um cursinho que oferece técnicas para passar no vestibular. É todo um contexto que busca formar para a cidadania. Além disso, temos um quadro de professores competentes que ajudam os alunos a alcançar seus objetivos”, diz.

Aluna do 3° ano do colégio, Allana Ribeiro, de 17 anos, vai participar do Enem pela primeira vez neste ano. Ela pretende utilizar o resultado da prova para tentar uma vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Já estudei em escolas públicas e particulares e posso dizer que o nível aqui é excelente. Além disso, as mensalidades nas escolas particulares de Brasília são absurdas. Aqui temos uma preparação completa, a escola valoriza tanto a formação intelectual quanto a física”, acredita.

Conhecido por sua disciplina rigorosa, o colégio também estimula a participação dos alunos em diversas competições escolares como olimpíadas de química, física e matemática. Segundo Pureza, não há nenhum tipo de preparação específica para o Enem. A maior parte das vagas é para filhos de militares e algumas são oferecidas à comunidade por meio de seleção. Em 2010, 323 estudantes se inscreveram para tentar uma das cinco vagas para o 1° ano do ensino médio que estavam disponíveis.

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