Por: Júlio Lázaro Torma
Nesta semana da Pátria, ocorre em quase todos os municípios do Brasil, de Norte a Sul, a 17ª edição do Grito dos/as Excluído/as, paralelo as paradas militares. Atividade organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB. Pensada e gestada durante o ano de 1994, na 2ª Semana Social Brasileira e executada no ano de 1995, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade, que tinha como tema: "Fraternidade e os excluídos" e o lema: "Eras Tu, Senhor?".
Neste ano o Grito dos/as Excluido/as, que tem como tema:" Vida em primeiro lugar" e o lema: "Pela Vida grita a TERRA...Por direitos, todos nós!"
O evento vem este nos anunciar de que a vida no planeta deve vir em primeiro lugar, onde a terra "geme em dores de parto"( Rm 8, 22), denunciando a contradição existente entre a compulsão gerado pelo consumismo e o crescimento econômico, que destrói a natureza e o planeta terra, a nossa casa comum. Ao mesmo tempo em que joga milhares de seres humanos na fome, miséria e pobreza, negando os elementares direitos dos seres humanos.
Ao mesmo tempo em que o modelo capitalista e o neoliberalismo, exclui seres humanos, ele tem concentrado cada vez mais riquezas à custa da destruição da natureza. Onde ele tem a submetido e explorado, dominando à força.
Tal dominação tem matado centenas de espécie de vida, animais, vegetais, destruído os recursos minerais, bem como concentrado para interesses empresariais e mercadológicos a água, terra e também querem a concentração do ar.
Pois na natureza, todas as formas de vida estão intercaladas e formam uma grande cadeia. Ao destruir uma vida, estamos destruindo a própria existência humana, que acaba diminuindo de qualidade.
O grito deste ano quer ter um caráter local, nacional e global, no momento em que denunciamos nas ruas, estradas, avenidas, parques, praças as agressões a natureza e a violação aos direitos de cada ser humano a uma vida digna e em abundancia.
Por direitos, todos nós!, saímos as ruas para dizer que não bastam as reformas, nem as políticas compensatórias, é necessário pensar em políticas públicas que garantem verdadeiramente a inclusão social.
Devemos propor neste grito dos/as excluídos/as, a construção de um novo modelo sócio, político e econômico, que não seja centrado na exploração e nem na destruição da natureza, bem como da força do trabalho de cada ser humano. Queremos de fato um modelo novo, onde haja o respeito e o cuidado, na preservação da vida, na convivência justa, solidária e fraterna, na relação entre todas as formas de vida existentes na terra. Que a terra seja de fato fonte de vida.
Devemos desenvolver uma ampla rede de solidariedade nas nossas relações com os seres humanos e a biodiversidade do planeta. Onde todos nós tenhamos acesso aos elementares direitos com políticas públicas amplas e abrangentes de preservação e respeito ao meio ambiente, priorizando o desenvolvimento sustentável.
Ao mesmo tempo em que defendemos a soberania nacional do povo brasileiro, defendemos a cidadania universal, onde todas as pessoas sejam de fato cidadãos do planeta TERRA. Com este intuito que nós brasileiros na semana da Pátria, vamos ocupar todas as ruas, avenidas, praças, parques e rodovias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário