Deputado Francisco Praciano.
No início deste ano, escrevi um artigo sobre os gastos da virada de 2010 em Brasília, que custaram quase R$ 7 milhões aos cofres do DF, apesar dos mais pobres da cidade da capital federal sofrerem com falta de médico e de leitos hospitalares.
No mesmo artigo, citei o gastou de mais de R$ 11 milhões, pela prefeitura de Manaus, em festas de aniversários de bairros, e o pagamento, também pela prefeitura de Manaus, de R$ 3 milhões a uma desconhecida ONG para que esta realizasse a festa de réveillon da cidade.
Em artigo posterior, comentei os gastos exorbitantes de R$ 30 milhões, pela prefeitura e pelo governo do Rio de Janeiro durante a festa do sorteio das eliminatórias da próxima copa do mundo.
Mais recentemente, escrevi sobre a construção de um monumento e uma praça em homenagem à ponte sobre o Rio Negro, orçados em R$ 5,5 milhões, que já estão sendo derrubados para facilitar o escoamento viário da ponte.
As notícias sobre gastos absurdos e injustificáveis, por parte de quem tem a obrigação de aplicar bem os recursos públicos, parece que nunca param. Notícia publicada no Diário do Amazonas, do último sábado, nos informa que, neste ano de 2011, a Assembléia Legislativa do Amazonas gastará 1,6 milhão de reais (dinheiro do povo) na manutenção de seu jardim e da sua área externa.
Em um Estado com mais de 500 mil pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, o gasto de R$ 1,6 milhão para o embelezamento de qualquer jardim é mais do que um absurdo, é uma verdadeira afronta ao povo que, todos os dias, paga seus impostos e gostaria de ver o dinheiro desses impostos empregado naquilo que deve ser prioritário. Se a informação é exatamente como foi noticiada pelo Diário do Amazonas, deve a Presidência da ALE ir até os meios de comunicação e explicar ao povo do Amazonas de que vale a pena, para o próprio povo, o gasto com rosas, lírios e tulipas.
(Publicado dia 04 de outubro de 2011, no Jornal Dez Minutos).
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