As assembleias estaduais realizadas nesta quarta-feira (5), em sua maioria, decidiram não aceitar a proposta formalizada na terça-feira, durante reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho, com isso, os funcionários dos Correios mantêm a greve iniciada no dia 14 de setembro. “Agora temos que reforçar a mobilização e lutar até o final”, diz o secretário geral da Fentect, José Rivaldo da Silva.
Estados como Minas, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Acre, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Bahia, Amazonas, Rio de Janeiro e DF foram contrários a proposta costurada entre a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), entidade representante dos sindicatos da categoria, e a diretoria da Empresa de Correios e Telégrafos, formulada na reunião da última terça-feira, com mediação da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi. O entendimento buscava uma solução para o impasse e também para que o dissídio coletivo não fosse a julgamento. Trinta e cinco sindicatos integram a Fentect e seriam necessários 18 votos para referendar o acordo.
Mantida a greve, agora os funcionários dos correios aguardam até a próxima segunda-feira (10) quando será feito, no TST, o sorteio do relator do processo do dissídio para o julgamento no tribunal. A proposta encaminhada e rejeitada nas assembleias previa reposição da inflação de 6,87% retroativo a agosto e ainda um aumento real de R$ 80 a partir de outubro. Dos 21 dias da greve, 15 seriam compensados em finais de semanas e seis seriam descontados a partir de janeiro de 2012 parcelado em 12 vezes.
Nas reivindicações da categoria, que tem sua data-base em agosto, os trabalhadores pedem aumento salarial linear de R$ 200, reposição da inflação em 7,16% e piso salarial de R$ 1.635. Um dos pontos nevrálgicos da situação é a posição da ECT em descontar os dias de greve.
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