O Ministério da Educação divulgou terça (14.8) os dados da avaliação da educação básica, o que envolve o ensino fundamental – infantil e 1ª à 9ª série, e médio. A medição é feita pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os dados não são nada animadores e só confirmam algo que eu penso sobre o assunto: o Brasil precisa de uma revolução na educação.
Isso mesmo, nada de reformas. Precisamos de uma revolução que envolva toda a sociedade, ao lado da inovação e da pesquisa cientifica. É o principal desafio para o país nos próximos 10 anos, sem o que não daremos um salto de qualidade em nosso desenvolvimento.
Em primeiro lugar precisamos de recursos para formar e ter professores em período integral, 40 horas, bem remunerados e com condições para se manterem em processo permanente de qualificação e requalificação. As escolas precisam ser informatizadas, com currículos e métodos pedagógicos do século XXI, linguagem do mundo de hoje. Escolas comunitárias com esporte, lazer e cultura, dirigidas por professores, alunos, funcionários e pais, pela sociedade como um todo.
É uma tarefa de todos, não do governo ou dos pais. Muito menos dos professores e funcionários apenas. Sem isso não adianta investir capital em material, equipamentos, prédios... Sem o capital humano, o cidadão instruído e culto, não haverá uma grande nação, nem uma civilização nos trópicos.
Melhora um pouco aqui, piora lá
Vejam como os dados do indicador melhoram um pouco, depois caem, e voltam a melhorar ... Estamos pensando a questão de forma burocrática, e temos que trabalhar em outro ritmo, com outra ambição. Não vou reproduzir todos os dados aqui. Estão na imprensa de hoje. Mas no essencial é isso:
- Entre 2009 e 2011 houve melhora na qualidade nos primeiros anos do ensino fundamental, atingindo a média de 5,0. A meta era 4,6, mesmo índice que havíamos atingido em 2009. Já no ensino médio o indicador subiu apenas 0,1 ponto, passando de 3,6 para 3,7. Em nove Estados o índice piorou em relação à edição anterior;
O problema é que as metas são muito modestas. Caminhamos a passos de tartaruga, e precisaríamos evoluir em outra velocidade se quisermos que nossos filhos e netos desfrutem de um país com outras condições.
- Os resultados são muito desiguais considerando municípios e escolas individualmente: 39% dos municípios e 44,2% das escolas estão abaixo da meta.
- Estudantes do último ano do ensino fundamental – 9º ano - tiveram 4,1 pontos em 2011. A meta era de 3,9, também uma marca obtida há dois anos.
- Alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho e crescem no ritmo mais baixo. Em 2011, eles alcançaram a meta projetada de 3,7 pontos. O crescimento aqui tem sido lento: em 2005 foi 3,4; em 2007 teve 3,5; em 2009, a nota foi de 3,6. A distância da nota do IDEB nos anos iniciais em 2011 ficou quase três vezes maior em relação ao ensino médio na comparação com o 1º ano do índice, em 2005.
Outro problema, apontado pela especialista Vera Masagão, coordenadora-geral da ONG Ação Educativa: “Poderia haver muito mais jovens matriculados no ensino médio que estão fora da escola”. Ela diz ainda: “A gente precisa de um investimento muito forte em qualidade e não é à toa que a matrícula também está aquém” do necessário.
O grande erro do Brasil foi privatizar a Educação.Os donos do capital pouco se importam se suas escolas nada ensinam,pois só querem o retorno de 100% do capital investido, nas escolas dos três níveis. As universidades particulares são péssimas,jamais investirão em pesquisas, tratam os professores como escravos e os impedem geralmente de se associarem a sindicatos.Minha proposta é a de que façamos um movimento nacional nas redes sociais, para que as universidades privatizadas se tornem entidades de direito público como nos Estados Unidos, administradas por um Conselho de reitores, professores e alunos , pagas, mas com bolsas de estudos para alunos carentes, custeadas pelo Govêrno e indústrias desoneradas de alguns impostos.E muita ênfase na pesquisa que é fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação. Que tal começarmos a pressionar? Eu apoio e ajudo a disseminar a idéia.
ResponderExcluirprofa. Ione M.C.Beça