Diretrizes do Plano Indústria foram debatidas em consulta pública
Empresários e governo federal firmaram acordo para reduzir em 5% as emissões de gases efeito estufa, até 2020, em sete setores da indústria brasileira que usam muita energia: alumínio, cimento, papel e celulose, químico, cal, vidro e ferro gusa (aço). A meta do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas do Setor Industrial (Plano Indústria) significa que 16,2 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²) deixem de ser emitidas em 2020, reduzindo a projeção de 324,4 milhões para 308,2 milhões de toneladas.
Cada um dos sete setores já tem o seu plano desenhado, a partir de diretrizes elaboradas pelo governo federal e que passaram por consulta pública. “O Brasil deve avançar, não somente com uma matriz energética limpa, mas também permitir que a relação de emissão de CO² por produto ou PIB (Produto Interno Bruto) gerado ofereça todas as condições de bons resultados em termos do Plano Nacional de Mudanças Climáticas", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a assinatura do acordo, na última terça-feira (21). Para ela, o avanço influenciará, também, em termos de competitividade de mercado, gerando emprego e desenvolvimento do País.
Compromisso - Em 2009, o Brasil assumiu o compromisso internacional voluntário de reduzir de 36,1% a 38,9% as emissões de gases de efeito estufa previstas em 2020 (veja gráfico). Estão previstas ainda contrapartidas econômicas para as ações de mitigação. A Comissão Técnica do Plano Indústria será responsável pelo detalhamento e monitoramento das ações, revisão periódica e encaminhamento de demandas específicas relativas à implementação do plano.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, o acordo demonstra o esforço da indústria em atuar conjuntamente com o governo a favor de uma economia de baixo carbono. “É fundamental que o Plano Indústria considere integralmente as peculiaridades de cada segmento do setor produtivo”, afirma.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, acredita que a competitividade no mercado brasileiro hoje é fundamentada em três pilares: tecnologia; conteúdo e abrangência nacional e sustentabilidade ambiental e social. “São esses três pontos que compõem o novo conceito de competitividade que o mercado busca”, diz Pimentel.
Plano Nacional busca desconcentrar exportadores
O Plano Nacional da Cultura Exportadora lançado nessa quarta-feira (22), durante a reunião do Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento Econômico (Consedic), busca desconcentrar, regionalmente, as exportações brasileiras. Atualmente, 14 estados brasileiros exportam, individualmente, menos de 1% do total. “O objetivo é mobilizar e capacitar gestores públicos, empresários de pequeno e médio porte, e profissionais de comércio exterior para aumentar e qualificar a base exportadora”, explicou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário