Ele nasceu Antônio Gonçalves da Silva e se transformou em Patativa do Assaré com seus versos cantados e declamados. Era um dos poetas mais populares de sua época.
Sua receita? Ele dizia que para ser poeta não era necessário ser professor, bastava, no mês de maio, recolher um poema em cada flor que brotava nas árvores do seu sertão. Pensando assim ele cantou, contou, declamou as belezas do sertão e inspirou gerações, como Luiz Gonzaga que gravou muitas músicas, entre elas a “A triste partida”, que lançou Patativa comercialmente.
A complexidade da obra é evidente pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes canônicos como na poética das rimas populares.
Faleceu em 2002 com 93 anos, mas seu legado está nos cordéis, nos livros e nas músicas cantadas por diversos cantores nordestinos.
Entre os poemas mais conhecidos está a triste partida, onde o poeta da roça fala da vaca estrela e boi fubá.
Patativa tinha pouco estudo, ficou apenas oito meses na escola, mas dedicou sua vida a cultura popular. Mostrou com maestria o povo marginalizado e oprimido do sertão nordestino.
O apelido de Patativa foi uma homenagem ao pássaro que cantava lindamente em meio as dores e amores do sertão nordestino.
As fotos que ilustram essa reportagem pertencem ao acervo de Francisco Gomes da Silva, natural de Assaré. Francisco acompanhou muitos dos passos do poeta, pois trabalhava como cinegrafista naquela cidade, até sofrer o infortúnio de um choque elétrico, quando em serviço, incidente que lhe impôs algumas limitações, sem lhe desafortunar dos seus relevantes conhecimentos culturais.
Para alguns moradores da região, Patativa representa muito do povo brasileiro, além do comprometimento com as causas sociais. “Na minha humilde opinião, o ideal de um homem sertanejo simples e que comungava com as metas de mudanças que o PT sonhou e implantou no Brasil para sorte da nossa nação”, comenta Francisco Evanildo Sousa Silva.
(Neide Freitas e Ricardo Weg – Portal do PT)
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