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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Livro retrata comunidades de terreiro

Com muito axé (força) e o grito do povo de terreiro, o MDS, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Fundação Cultural Palmares lançaram, durante a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Salvador, a pesquisa socioeconômica e cultural de povos e comunidades tradicionais de terreiro. Com o título "Alimento: direito sagrado", a publicação resulta de um trabalho de cinco meses nas regiões metropolitanas de Recife, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre.

As comunidades de terreiro são territórios de preservação e culto das religiões de matriz africana, afro-brasileira e afro-indígena. Para Mãe Nalva, coordenadora da pesquisa em Belém e conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), "este livro veio mostrar que somos muitos - antes éramos invisíveis - e quais as nossas necessidades. Agora é esperar que as políticas públicas cheguem a nós".

Marcelo Vilarino, representante da organização não governamental Associação Fundo de Quintal, que, por meio de licitação pública, fez a pesquisa, explicitou o avanço que esse trabalho proporcionará: "Obter essas informações significa dialogar com o Estado e ter acesso às políticas públicas".

Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, avaliou que o livro é um presente de identidade cultural. "É um diagnóstico que tem peso para tantas pessoas". Ivonete Carvalho, secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, afirmou a necessidade de conhecer esses povos: "As comunidades de terreiro estão no País de norte a sul".

Dados - A pesquisa identificou 4.045 casas de terreiro, sendo que o maior percentual se encontra em Porto Alegre (1.342 casas), seguida de Recife (1.261) e de Belém (1.089). O menor número está em Belo Horizonte (353 casas).

O levantamento indica a necessidade de o poder público trabalhar em todos os níveis em ações estruturantes junto aos terreiros e às comunidades em que se situam.

A pesquisa pode ser acessada no Portal do MDS: www.mds.gov.br/sesan/terreiros.

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