Gerar alternativas lícitas, com viés sustentável e com potencial econômico viável. Este é o objetivo da criação do Projeto de Assentamento Agroextrativista Lago de São Rafael, no município de no Amazonas. De acordo com o Chefe da Divisão de Obtenção de Terras, Ronaldo Santos, 30 famílias serão beneficiadas no projeto - mas há potencial para receber mais famílias. “O assentamento demorou um pouco para ser regularizado, pois a licença ambiental somente foi aprovada e expedida recentemente pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM)”. O potencial da área é para pequenas atividades com plantio de espécies de ciclo curto ao longo do rio (prática comum nestas áreas), produção de mel de abelha sem ferrão além da pesca que é a base da alimentação proteica das famílias.
Região de desafios
A região de criação do PAE Lago de São Rafael é considerada rota de passagem de narcóticos, segundo a Policia Federal. Trata de uma região de acesso ao rio Javari, que é fronteira com a Colômbia e o Peru e, portanto, foco de grande atividade nesta ramo. As famílias na região vivem sob pressão constante e, logo, sem alternativas econômicas ou, quando pior, muitas vezes cooptadas para os ilícitos. A ideia é que com o apoio governamental estas famílias fiquem menos vulneráveis ao aliciamento do tráfico. Ademais, a região margeia uma das maiores terras indígenas do Brasil, a Javari, que reconhecidamente sofre também com os problemas dos narcóticos. A Superintendente Regional do Incra no Amazonas, Maria do Socorro Feitosa enfatiza a importância do assentamento: “Levar políticas públicas agrárias, crédito e regularizar a situação destas famílias em uma região tão difícil é o mínimo que o Incra pode fazer. Vamos avançar mais, apresentando alternativas de produção agrícola”, conclui a gestora. Fonte: http://www.blogdafloresta.com.br/
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