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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Desmatamento na Amazônia é o menor desde 1988

Desmatamento na Amazônia é o menor desde 1988

Entre agosto de 2011 e julho deste ano houve queda de 27% em relação ao mesmo período anterior.

O desmate na Amazônia Legal atingiu a menor taxa anual desde que a região começou a ser monitorada por satélites, em 1988, segundo anúncio feito pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) nessa terça-feira (27). Entre agosto de 2011 e julho de 2012, a área desmatada foi de 4,6 mil km² - cerca de cinco vezes menos que os 21 mil km² apurados em 1988. Em comparação com os 12 meses anteriores, a queda foi de 27%.

A tendência de queda se mantém desde 2004 (veja gráfico), quando foi iniciado o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Nessa comparação, a queda foi de 83%. A implantação do PPCDAm e a mudança nos padrões de fiscalização estão entre as principais justificativas para o alcance do marco histórico, segundo o MMA. “A cada vez que diminui o desmatamento, o desfio cresce e o trabalho aumenta”, avalia a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Os números revelam que o Brasil quase atingiu a meta voluntária de reduzir o desmatamento em 80% até 2020, oito anos antes do prazo. Ao atingir 76,27% de redução, falta apenas uma redução de mais 4% para que a área ambiental atinja o objetivo que, em área, equivale a 3,9 mil km² anuais. 

O compromisso consta da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 1.2187/2009), que prevê também reduzir as emissões projetadas de gases de efeito estufa entre 31,6% e 38,9% até 2020.

Monitoramento - O Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), feito desde 1988 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Inpe/ MCTI), registra as áreas onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso. Os dados apresentados são uma estimativa a partir das imagens do Prodes, com uma margem de erro de 10%. Os números consolidados saem em meados de 2013.

Dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal, apenas três apresentaram aumento nas taxas de desmatamento. Em Tocantins, a derrubada ilegal de árvores aumentou 33%, chegando a 53 km² por ano. No Amazonas, a degradação aumentou 29%, chegando a 646 km² e, no Acre, a ação dos infratores avançou 10% na região, atingindo 308 km². O estado do Pará continua sendo o mais atingido pelos criminosos. A área de desmatamento ilegal no estado é a maior da região, chegando a quase 1,7 mil km². Ainda assim, na comparação entre os períodos, o desmatamento foi reduzido em 44%.

No período monitorado pelo Prodes, os fiscais do Ibama apreenderam 329 caminhões, 95 tratores, 143 outros veículos e 111 motosserras, além de mais de 130 mil metros cúbicos de madeira e 12 mil metros cúbicos de carvão. As operações de combate e prevenção ao desmatamento na região também resultaram na emissão de 3,4 mil autos de infração, somando o valor de R$ 1,6 bilhão. 

Fiscalização terá nova tecnologia

Um aparelho que permite demarcar as coordenadas exatas onde as irregularidades forem constatadas e emitir imediatamente o auto de infração do proprietário está em fase de testes, com investimento de R$ 15 milhões. Segundo a ministra Izabella Teixeira, o equipamento tornará a fiscalização na Amazônia mais eficiente. “Essa inovação tecnológica elimina os erros de coordenadas, a possível corrupção do fiscal e faz com que a gente seja mais eficiente e transparente, explicou. “Estamos mudando o patamar e o nosso objetivo é fazer com que não haja mais infrações e precisamos dar início às boas práticas.”

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