O Ministério da Educação (MEC) publicou os resultados do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem/2011). Foram avaliadas 10 mil escolas, quase a metade de todas as unidades educacionais do Brasil.
Os resultados mostram a grande deficiência da educação pública. Entre as 100 escolas de melhor ranking, apenas dez são escolas públicas, sendo duas estaduais e oito federais.
No Amazonas, a situação é mais grave. Das 20 melhores escolas, somente uma é pública. Com isso, o Estado ficou em 25º lugar na classificação do Enem 2011, comparado com outros 27 estados. Em 2010, o Amazonas estava em 24º lugar. Mas, hoje, está quase na ‘lanterna’.
Outro dado grave: das 50 escolas da rede estadual que tiveram pior desempenho, 38 são do interior. Ou seja, o governo do Estado oferece aos nossos municípios um péssimo ensino.
Entretanto, o Estado divulgou em revista, em maio deste ano, com base no Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e no Rendimento Escolar 2011, dados que colocam o Amazonas em 1º lugar, com 83,2% de aprovação e 5,7% de reprovação, comparado com outros Estados brasileiros.
É muito estranho! Se no Enem o Amazonas está quase em último lugar, como pode ter índice de aprovação tão alto? Fica uma dúvida: será que estão manipulando as pagelas, colocando notas para os alunos passarem e não serem reprovados? Estou convocando o secretário de Educação, que precisa dar explicação sobre o assunto.
Sabemos que a educação precisa urgente de mais recursos e, acima de tudo, compromisso dos governantes. Por isso, apoio a proposta de lei apresentada no Congresso Nacional, que destina 10% do Produto Interno Bruto para a educação. Hoje, não chega nem a 4%. No Amazonas, o governo do Estado destinou 14,41% para a educação em 2013, inferior aos 15,58% de 2012.
Precisamos aproveitar os dados do Enem e tratar com cuidado e seriedade a educação. Não podemos ‘tapar o sol com a peneira’ e nem podemos fugir da triste realidade da educação do nosso Estado. A sociedade merece!
Fonte: http://blogs.d24am.com/artigos/2012/11/30/educacao-em-baixa/
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