"Ai de vós,que ajuntais casa a casa,e que acrescentai campo a campo,até que não haja mais lugar,e que sejais os únicos proprietários da terra" ( Is 5,8)
Há 16 anos, no dia 17 de Abril de 1996, na curva do "S", em Eldorado dos Carajás, sul do Pará, 19 sem terra, foram barbaramente assassinados pela Policia Militar. O massacre aconteceu quando 1500 homens,mulheres e crianças, organizados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), bloqueavam a BR 150 e foram atacados pela Policia dos dois lados da rodovia, com bombas de gás lacrimogenio e tiros de armas de fogo.
Há 16 anos, no dia 17 de Abril de 1996, na curva do "S", em Eldorado dos Carajás, sul do Pará, 19 sem terra, foram barbaramente assassinados pela Policia Militar. O massacre aconteceu quando 1500 homens,mulheres e crianças, organizados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), bloqueavam a BR 150 e foram atacados pela Policia dos dois lados da rodovia, com bombas de gás lacrimogenio e tiros de armas de fogo.
O saldo da violência foram 22 mortos, os outros morreram após o massacre, decorrentes dos ferimentos e 63 feridos.
Passados 16 anos da tragédia da curva do "S", ninguém foi punido.
No dia 17 de Abri de 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso ( PSDB), declara o dia 17 de Abril, como o dia "Internacional da Luta Camponesa e da Reforma Agrária".
Passados 16 anos de impunidade, temos visto a lentidão no processo de desapropriação e execução da Reforma Agrária no país, onde no primeiro ano de governo Dilma Rousseff,a Reforma Agrária esteve parada, contrariando o slogan do governo de "País sem miséria".
Se de um lado temos 186 mil familias de sem terra acampadas, nas margens das rodovias, esperando um pedaço de chão para morar e trabalhar. Do outro temos visto o aumento e a extensão do agronegócio, de terras que são adquiridas por estrangeiros e transnacionais.
Como por exemplo o governo da China, tinha um orçamento de US$ 30 bilhões, para a compra de terras no Brasil. Onde podemos ver também o Banco Opportunity, tem no sul do Pará, uma área de 500 mil hectares improdutivas e que serve para a lavagem de dinheiro.
Olhando o atual estagio da luta pela terra no Brasil, não se luta mais só contra o latifúndio tradicional, hoje tem que se lutar contra o capital internacional,contra os bancos e empresas transnacionais, que diante da crise econômica na Europa e América do Norte,tem comprado e investido em terras no Brasil.
O que quer um Banco com terras? se o seu lucro todo vem do investimento, do lucro do dinheiro, dos juros?
Além da concentração da terra nas mãos de grupos transnacionais,para a criação de gado e plantações de monoculturas,tem crescido cada vez mais o uso de agrotóxicos e cultivo de transgenicos,na agricultura brasileira,destruindo a biodiversidade e a saúde dos trabalhadores destes empreendimentos e dos consumidores.
Fora a quebra da indústria nacional, onde uma bolsa e um sapato, que usamos é fabricados na China.
Ao lutarmos por Reforma Agrária, estamos lutando pela soberania nacional, para que a terra seja de fato e de direito para quem nela trabalha,para os povos originarios,tradicionais,agricultura familiar e sem terra,tenham o seu direito ao pedaço de chão.
Queremos Reforma Agrária para que todos os brasileiros,tenham acesso a uma alimentação digna,á quatro refeições diárias e com alimentação sem agrotóxicos, que seja saudáveis para a saúde de todos os brasileiros.
Com uma Reforma Agrária, ampla e radical,que gerará mais emprego,trabalho no campo,além de acabar com a fome,pobreza e miséria no campo, o desemprego e violência que assola as nossas cidades.
Ela deve ser vista como questão de projeto nacional e de justiça social que garanta a todos o direito a uma vida digna.Queremos a punição de todos os mandantes dos assassinatos no campo, de trabalhadores/as.
Queremos Reforma Agrária e Justiça. Ao mesmo tempo em que perguntamos como canta a banda de rock pop Maná:
"Quando teremos democracia?
Quando acabaremos com a burocracia?
Ouça Estamos exigindo todo o respeito".
TERRA, TRABALHO, JUSTIÇA! CHEGA DE IMPUNIDADE! JUSTIÇA AOS TRABALHADORES/AS MORTOS NO CAMPO, REFORMA AGRÁRIA, JÁ!
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