Depois de Guido Mantega, ministro da Fazenda, ter criticado duramente os bancos privados, foi a vez de a presidenta Dilma Rousseff retomar as críticas ao setor financeiro. Segundo ela, chegou a hora de o país desmontar alguns entraves para o seu desenvolvimento sustentável e continuado. "Esses entraves podem ser resumidos, muito simplificadamente, na necessidade de colocarmos os nossos juros e spreads em padrões internacionais", resumiu ela a questão a uma platéia de empresários reunidos na Confederação Nacional da Indústria (CNI). A reação foi imediata. Não lhe faltaram aplausos após sua fala.
Além dos aplausos, a presidenta colhe as primeiras vitórias da insana batalha pela redução de juros no país. A redução dos juros por parte do Banco do Brasil no crédito já provocou uma corrida aos empréstimos do banco. Informa a Agência Estado que, no caso do financiamento de veículos, com o anúncio da queda nos juros cobrados, eles cresceram 33% em apenas um dia, na comparação com o período antes do anúncio. O BB liberou R$ 16 milhões nesta linha na 5ª. feira, ante os R$ 12 milhões, em média, antes do corte.
Movimentos similares deram-se, ainda, nas linhas de crédito para aposentados e pensionistas do INSS - ali os desembolsos escalaram de uma média de R$ 3,1 milhões diários para impressionantes R$ 9,5 milhões após a queda nos juros. Também o crediário, que tinha média diária de R$ 350 mil, bateu em R$ 805 mil um dia após o anúncio da mudança dos juros cobrados.
HSBC adere à redução dos juros
Não foi diferente na Caixa Econômica Federal, que também baixou os juros no último dia 9. Por lá houve aumento de 9,6% em novas contas correntes e emissão de 1,7 mil cartões Caixa Azul, lançado no mesmo dia do corte de juros. O instrumento de crédito tem taxa de 2,85% ao mês no crédito rotativo para clientes que recebem salário no banco.
E apesar do discurso de Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), exigindo desoneração da tributação ao setor bancário como condição para a redução de juros da banca privada, o HSBC, sexto maior banco privado no país, não esperou para ver se a tese do representante dos bancos fazia sentido ou não. E já anunciou que também deverá reduzir suas taxas. Em comunicado divulgado no início da noite de 5ª. feira, o banco informou que diminuiu as taxas mínimas em três modalidades: crédito pessoal, financiamento de veículos e crédito consignado. As taxas mensais, respectivamente, caíram de 2,45% para 1,99%; 1,48% para 0,98%; e 1,59% para 0,99%.
Este é o caminho. Ainda que alegação da banca privada, de que no Brasil os juros são altos por causa da inadimplência - e da carga tributária – a base em que eles se mantêm é um escândalo; em média 6,33% ao mês, para pessoa física, e 3,72%, para pessoa jurídica, conforme o revelado pela Pesquisa de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC).
Na última década, a taxa média de juros dos empréstimos bancários por aqui manteve-se acima dos 39%. Nesse período, a taxa básica de juros (Selic) oscilou de 26,5% aos atuais 9,75%; a inflação chegou a 12,53% e ficou em 6,5% em 2011; e, a inadimplência caiu de 15,9% para 5,7%. Todos esses movimentos não se refletiram em oscilações dos spreads, que se mantiveram firmes e fortes. É hora de isso mudar.
Além dos aplausos, a presidenta colhe as primeiras vitórias da insana batalha pela redução de juros no país. A redução dos juros por parte do Banco do Brasil no crédito já provocou uma corrida aos empréstimos do banco. Informa a Agência Estado que, no caso do financiamento de veículos, com o anúncio da queda nos juros cobrados, eles cresceram 33% em apenas um dia, na comparação com o período antes do anúncio. O BB liberou R$ 16 milhões nesta linha na 5ª. feira, ante os R$ 12 milhões, em média, antes do corte.
Movimentos similares deram-se, ainda, nas linhas de crédito para aposentados e pensionistas do INSS - ali os desembolsos escalaram de uma média de R$ 3,1 milhões diários para impressionantes R$ 9,5 milhões após a queda nos juros. Também o crediário, que tinha média diária de R$ 350 mil, bateu em R$ 805 mil um dia após o anúncio da mudança dos juros cobrados.
HSBC adere à redução dos juros
Não foi diferente na Caixa Econômica Federal, que também baixou os juros no último dia 9. Por lá houve aumento de 9,6% em novas contas correntes e emissão de 1,7 mil cartões Caixa Azul, lançado no mesmo dia do corte de juros. O instrumento de crédito tem taxa de 2,85% ao mês no crédito rotativo para clientes que recebem salário no banco.
E apesar do discurso de Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), exigindo desoneração da tributação ao setor bancário como condição para a redução de juros da banca privada, o HSBC, sexto maior banco privado no país, não esperou para ver se a tese do representante dos bancos fazia sentido ou não. E já anunciou que também deverá reduzir suas taxas. Em comunicado divulgado no início da noite de 5ª. feira, o banco informou que diminuiu as taxas mínimas em três modalidades: crédito pessoal, financiamento de veículos e crédito consignado. As taxas mensais, respectivamente, caíram de 2,45% para 1,99%; 1,48% para 0,98%; e 1,59% para 0,99%.
Este é o caminho. Ainda que alegação da banca privada, de que no Brasil os juros são altos por causa da inadimplência - e da carga tributária – a base em que eles se mantêm é um escândalo; em média 6,33% ao mês, para pessoa física, e 3,72%, para pessoa jurídica, conforme o revelado pela Pesquisa de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC).
Na última década, a taxa média de juros dos empréstimos bancários por aqui manteve-se acima dos 39%. Nesse período, a taxa básica de juros (Selic) oscilou de 26,5% aos atuais 9,75%; a inflação chegou a 12,53% e ficou em 6,5% em 2011; e, a inadimplência caiu de 15,9% para 5,7%. Todos esses movimentos não se refletiram em oscilações dos spreads, que se mantiveram firmes e fortes. É hora de isso mudar.
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