Reajuste salarial, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), concurso público imediato, em vez de tercerização, e melhoria das condições de trabalho nos hospitais públicos. Essas foram as reivindicações e cobranças apresentadas nesta quinta-feira (27), no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), durante Cessão Tempo solicitada pelo deputado José Ricardo Wendling (PT), juntamente com Marcelo Ramos (PSB) e Luiz Castro (PPS).
Na manhã de ontem, José Ricardo participou de uma manifestação da categoria, em frente ao Pronto-Socorro 28 de Agosto e ao Instituto da Mulher, coordenada pelos sindicatos de Farmácia, de Odontologia, de Enfermagem, de Fisioteparia, de Nutrição, bem como pela Associação dos Profissionais das Áreas da Saúde, cobrando melhores condições salariais e de trabalho.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos e Bioquímicos, Cecília Leite Oliveira, essa manifestação é resultado da falta de diálogo e de entendimento com o Governo do Estado, apesar de vários ofícios cobrando a resolução desses problemas, incluindo, denúncias encaminhadas oficialmente ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Conselho Estadual de Saúde (CES).
Ela conta que a terceirização dos profissionais da saúde pública é preocupante: Pronto-Socorro João Lúcio, Maternidade Ana Braga e Instituto da Mulher Dona Lindu já estão quase totalmente terceirizados; e agora o Pronto-Socorro 28 de Agosto está terceirizando os serviços no laboratório. “Queremos realização de concurso público. Não podemos aceitar que os serviços públicos sejam terceirizados”, disse a farmacêutica, reivindicando ainda a revisão do PCCS, que teria sido aprovado contra a vontade dos trabalhadores.
Com relação ao reajuste salarial, as categorias lutam por índices maiores, com ganhos reais, e não apenas com correção da inflação, como vem acontecendo nos últimos anos. Além disso, cobram melhoria das condições de trabalho, citando como exemplo o Pronto-Socorro 28 de Agosto: aparelho de tomografia está há uma semana sem funcionar, faltam insumos nos laboratórios, bem como marcadores cardíacos; a sala de bacteriologia ainda não está funcionando também pela falta de insumos e os dentistas trabalham em situações precárias, com falta de auxiliares, sem ar condicionados, sem instrumentais, sendo vítimas de agressões por parte de pacientes que não entendem essa situação.
“Não aceitamos mais essa falta de diálogo do Governo com os profissionais da saúde. Não somos contra os governantes, mas somos a favor desses profissionais e da população, que merece um atendimento digno na saúde pública”, declarou o presidente dos servidores do Hospital Adriano Jorge, Eliezer Alves de Oliveira.
Para o deputado, o Estado não está garantindo condições adequadas para o trabalho desses profissionais que atuam tanto na capital quanto no interior do Amazonas. “Faltam profissionais e há uma desvalorização muito grande dessa classe, com a contratação de muitos terceirizados, em vez de se fazer concurso público”, declarou ele, ressaltando que em fevereiro deste ano ingressou com representação no Ministério Público do Estado (MPE) solicitando auditoria nos convênios feitos entre o Governo e as empresas que prestam serviços com profissionais na área da saúde, bem como que o Ministério Público do Trabalho (MPT) cobre dos donos dessas empresas o cumprimento das condições legais de contratação. “Essa auditoria foi feita e houve cobrança para que o Estado cumprisse a legislação, realizando concurso público”.
Dia do Idoso
José Ricardo também se pronunciou nesta quinta sobre o Dia Nacional do Idoso, comemorado no próximo dia 1º de outubro, e sobre o Dia de São Vicente de Paulo, celebrado hoje e protetor dos idosos. Ele contou que o Brasil tem hoje 21 milhões de idosos, representando 8% da população, e a expectativa é que nos próximos 20 anos essa população chegue a 15% do total de brasileiros. E os principais fatores para esse aumento populacional, explica o deputado, são o aumento da expectativa de vida da população, que hoje está numa média de 72 anos, sendo que as mulheres estão vivendo mais (72 anos) e os homens menos, 69 anos, e o decréscimo do número de filhos pelas famílias do Brasil.
“Mas, apesar de termos Lei que ampara os idosos (Estatuto do Idoso), prevendo várias prioridades, eles ainda sofrem maus-tratos pelas famílias, são discriminados e sofrem para terem seus direitos cumpridos, como no caso da saúde, em que lutam para ter atendimento médico especializado e realizarem exames e cirurgias. A sociedade precisa cuidar mais dos seus idosos e os governantes precisam fazer mais”, declarou o parlamentar, que, na oportunidade, parabenizou os voluntários que doam parte da sua vida para cuidar das pessoas da melhor idade, como a Pastoral da Pessoa Idosa, fundada pela Drª Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.
Fonte: Assessoria de Comunicação.
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