A presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira (25) a política expansionista adotada pelos principais bancos centrais, que seria prejudicial aos países emergentes e a própria economia global, e pediu por um "pacto" pelo crescimento que envolva a consolidação fiscal de países com problemas de dívida, como na zona do euro.
Dilma usou seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para voltar a criticar as medidas adotadas por nações desenvolvidas que, segundo ela, resultam num agravamento do quadro recessivo global.
"Os bancos centrais dos países desenvolvidos persistem em uma política monetária expansionista que desequilibra as taxas de câmbio", disse Dilma. "Com isso, os países emergentes perdem mercado devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global."
Para Dilma, a política monetária não deve ser a única resposta para enfrentar o aumento do desemprego nos países desenvolvidos.
PACTO PELO CRESCIMENTO
A presidente pediu, ainda, a construção de um pacto internacional para a retomada do crescimento econômico.
"É urgente a construção de um amplo pacto pela retomada coordenada do crescimento econômico global, impedindo a desesperança povoada pelo desemprego e pela falta de oportunidades", defendeu.
Mais tarde, Dilma disse que deverá haver um esforço no sentido da "consolidação fiscal dos países que têm problema de dívida soberana", como os da zona do euro.
"Mas isso tem que ser feito com uma cautela tal que não leve o mundo a uma queda brusca", disse ela a jornalistas.
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