Dilma RousseffMuito importante o pronunciamento em que a nossa presidenta, Dilma Rousseff, no lançamento ontem do programa Brasil Carinhoso, reitera o compromisso que mantém desde que se tornou candidata e repetiu na campanha de 2010, de combater a pobreza com as políticas que implementa em seu governo, de manutenção do crescimento econômico com geração de emprego e distribuição de renda.
No cenário de crise global é quase uma proeza o que conseguem nesse campo o Brasil e sua presidenta. A importância do pronunciamento da chefe do governo reside exatamente nessa parte em que ela destaca que esta é a nossa saída para a crise internacional.
"Nosso país - destacou a presidenta - vem sendo apontado como muito bem sucedido (...). Ao mesmo tempo em que cresce, distribui renda. Isso é muito importante no momento em que estamos vivendo em que economias e sociedades de países desenvolvidos passam por grandes dificuldades."
A chefe do governo observou que com a crise do euro estão de volta "vários fantasmas que pareciam afastados pelas expansões monetárias bastante significativas(...). Todo esse processo começa a ser questionado politicamente, não só pelo que aconteceu na França e na Grécia mas, também, pelo que aconteceu naquele Estado alemão, Renania do Norte-Westfalia".
Eleitores rechaçam políticas de austeridade extrema
Na França e na Grécia, em eleições há pouco mais de uma semana, a população rejeitou as políticas de austeridade absoluta, que dizimam principalmente os programas sociais. Na França foi eleito o candidato da esquerda, François Hollande (Partido socialista) - que assume hoje - e na Grécia, os eleitores não deram maioria que possibilitasse a formação de um governo a nenhum partido, embora a esquerda somada tenha obtido maior apoio - 25% dos votos.
No Estado alemão da Renania do Norte-Westfalia, base política da chanceler Ângela Merkel, em eleições realizadas no último domingo, ela foi fragorosamente derrotada. Foi a 11ª eleição regional que a sra. Merkel e seu partido perderam no país desde que ela, na liderança econômica da Europa, passou a impor ao continente suas políticas ortodoxas de austeridade.
Na análise desse quadro, a presidenta Dilma Rousseff justificou suas políticas acentuando que as implementa porque definitivamente o governo não aceita mais uma característica que marcava o nosso Brasil no passado, a divisão entre "um país rico, com futuro", e "um país frágil, pobre, sem esperança".
O Brasil Carinhoso
O programa, em cujo lançamento no Planalto a presidenta fez o pronunciamento, vai atender famílias em extrema pobreza com crianças de zero a seis anos. "Quando a gente garante a renda mínima a cada membro de uma família estamos reconhecendo que somente é possível retirar uma criancinha da extrema miséria, se tirarmos toda a sua família. Sem isso é impossível", declarou a presidenta.
Ao dar ênfase às políticas econômicas e sociais que implementa e levam à distribuição e ao crescimento da renda, a governante brasileira aponta a saída para a crise internacional: a mudança das políticas de mão única adotadas na Europa, já rechaçadas com as vitórias dos socialistas na França e na Grécia, e dos sociais-democratas na Alemanha.
Mais do que isso, a presidenta transmitiu nossa indignação e inconformismo com as políticas contracionistas adotadas como saída para a crise, e reafirmou nossa rebeldia contra a pobreza e a desigualdade. Mostrou que políticas que combatem esses males e desajustes continuam nos guiando, e a seu governo, rumo a um Brasil para todos.
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