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sábado, 17 de março de 2012

Assassinatos de moradores de rua revelam o lado sombrio da sociedade

 
O assassinato cruel e hediondo de moradores de rua é um grave sinal de que algo vai muito mal na nossa sociedade. Pudemos ter uma visão da frequência deste tipo de crime a partir do levantamento do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH): entre abril de 2011 e a semana passada houve 165 homicídios de moradores de rua no Brasil.

Isso representa pelo menos uma morte a cada dois dias. Das investigações policiais desses casos, 113 não avançaram e ninguém foi responsabilizado pelos homicídios. Foram registrados, também, 35 tentativas de homicídio, além de vários casos de lesão corporal.

São números escandalosos e chamam atenção. Eles expressam, na verdade, o crescimento de grupos de extrema-direita e do preconceito em setores de nossa sociedade, alimentados por certos setores religiosos populistas e oportunistas, assim como por partidos de direita.

Outras violências

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República mantém um serviço que recebe denúncias sobre violações aos direitos humanos, o Disque 100, que registrou durante todo o ano passado 453 denúncias relacionadas à violência contra a população de rua.

São casos de tortura, negligência, discriminação, violência sexual, entre muitos outros. Os Estados com maior número de denúncias em termos absolutos foram São Paulo (120), Paraná (55) e Minas Gerais e Distrito Federal, ambos com 33 casos. Assusta, ainda, imaginar a quantidade de crimes que nem sequer chegam a ser denunciados e registrados.

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