Na esteira dos escândalos da Siemens, que admitiu a formação de cartel em licitações do Metro Paulista com a anuência e eventual participação ativa de políticos tucanos, a justiça Suíça revelou que a empresa francesa Alston pagou propinas para políticos do estado de São Paulo (governado pelo PSDB) com o objetivo de vencer licitações. As investigações suíças apontam que a propina abasteceu o cofre de partidos políticos, indicando a existência de “evidências claras de suborno” e de uma “tabela oficial” de propinas pagas a autoridades públicas brasileiras. Michel Cabane, colaborador do esquema, afirmou que “a Alston e a Cegelec(subsidiária da Alston) estavam trabalhando juntas para organizar uma cadeia de pagamentos para tomadores de decisão no Brasil”. O ex-diretor financeiro da Cegelec admitiu, inclusive, a criação de uma empresa (Alcalasser) cujo objetivo único era o pagamento de propinas para políticos.
As revelações de escândalos de corrupção no Metro e no governo paulista envolvendo aAlston e outras empresas não é exatamente uma novidade, dado que o esquema já havia sido denunciado anteriormente. As novas revelações e as apurações do Cade e da justiça Suíça apenas confirmam as suspeitas iniciais, apontando nomes e dando forma ao esquema de corrupção. Mais que isso, as novas declarações do caso Alston indicam a existência de um esquema de desvio de dinheiro público com o objetivo de financiamento partidário, envolvendo os principais nomes do PSDB. Caso as acusações se confirmem, o impacto político de ambos os casos (Alston e Siemens) pode afetar diretamente o desempenho tucano nas eleições de 2014.
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