O governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, anuncia agora que vai processar a Siemens por "lesão aos cofres públicos e ao Estado" por conta da formação de cartel em licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do metrô paulistano. “Estamos entrando com medida processual contra a Siemens. Se ficar comprovado que outras empresas participaram desse conluio, todas serão processadas. A Siemens é ré confessa”, afirmou.
Nos documentos entregues ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a Siemens afirma - e isto tem sido divulgado à exaustão - que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel que envolveria 18 empresas, dentre as quais a espanhola CAF e a canadense Bombardier.
O problema, então, não é apenas se há cartéis - o que já é gravíssimo - mas a participação de agentes políticos de partidos e do governo do Estado, o super faturamento e a corrupção. O governador foge da questão central e agora quer desviar a atenção para outros contratos com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e para o governo federal.
Ora, a Siemens fez a declaração clara e direta de que o governo de São Paulo, o Estado, sabia e deu aval ao cartel em que houve a participação não apenas dela (Siemens) - é obvio, já que ela confessa - mas de mais 18 empresas. Alckmin, portanto, tergiversa.
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