Na semana passada, o Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU, divulgou dados que apontam que o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros (IDHM) cresceu 47,5% nos últimos 20 anos, passando de muito baixo (em 1991) para médio (em 2000) e, finalmente, para alto em 2010. O IDHM, conforme concebido pelo PNUD, avalia o desenvolvimento humano nos seguintes três quesitos: educação, padrão de vida e longevidade.
A melhoria do IDH dos municípios brasileiros, segundo pesquisadores, é resultado, principalmente, do aumento da renda da população tanto em razão de empregos quanto em razão dos programas oficiais de distribuição de renda, como o Bolsa Família e do considerável aumento no quesito longevidade.
Aliás, no quesito Longevidade, de acordo com o Estudo, o brasileiro está vivendo 9,2 anos a mais, desde 1991. Já em relação ao IDHM Renda, o crescimento nos últimos 20 anos foi de 14,2%, o que representou R$ 346 de aumento na renda per capita mensal dos municípios brasileiros.
Dos três itens analisados pelo PNUD, a Educação é o que apresenta o menor índice. Esse, infelizmente, já era um resultado esperado, tendo em vista os desvios e as malversações dos recursos praticados pela maioria das prefeituras do país com os recursos da educação. No Estado do Amazonas, por exemplo, a CGU fiscalizou, por sorteio, entre 2003 e 2011, 34 municípios. Todos esses 34 municípios, sem ao menos uma só exceção, apresentaram irregularidades na aplicação dos recursos que receberam para a área da Educação. Lamentavelmente, os relatórios apresentados peloso técnicos da CGU apontam, inclusive, para indícios de fraudes e desvios até mesmo nos recursos da alimentação escolar. De modo geral, de acordo com a CGU, 73% das prefeituras brasileiras desviam ou aplicam mal os recursos da educação.
Estamos avançando, mas, comprovadamente, os avanços são menores onde a corrupção ataca mais fortemente. O nosso maior desafio, portanto, é combatermos a corrupção.
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