Ricardo Bessa coordenador do projeto
Será inaugurada no próximo dia 28 a primeira fábrica de sabão ecológico, no município de Nova Olinda do Norte, utilizando, como matéria prima, o excedente do óleo de cozinha, retirado dos restaurantes e das residências.
O projeto foi idealizado e construído nos moldes de cooperativa e se assenta no programa institucional do município que se projeta para ser a “capital ambiental da Amazônia”, com a adoção de várias medidas paralelas, envolvendo a comunidade e faz parte do Plano Plurianual da atual administração, seguindo recomendações da ONU, adaptadas à realidade regional.
A produção do sabão, que terá como sequência a produção de sabonetes, tem a finalidade dupla de defender o meio ambiente – um litro de óleo jogado no rio contamina 26 mil litros de água - e, ao mesmo tempo, promove oportunidades de trabalho e renda.
No primeiro momento já estão engajados no projeto 25 famílias, com respeito e dignidade e o projeto representa a semente do sistema de Cooperativas que será repetido em outras atividades no município, como corte e costura, sucos e alimentos agregando valor aos produtos agrícolas.
Assessor técnico da Prefeitura de Nova Olinda do Norte, o professor Ricardo Bessa contou que o Município traçou um plano plurianual com base na defesa do meio ambiente e no aproveitamento de resíduos. “A fábrica de sabão se insere neste contexto. Estamos retirando óleo poluidor do ambiente. Um litro de óleo pode inutilizar 25 mil litros de água. É muita coisa. E ainda estamos gerando 23 empregos com esta usina de sabão ecológico”, disse Bessa.
Outros projetos como a coleta seletiva de lixo e uma pequena usina de resíduos orgânicos devem ser executados em Nova Olinda do Norte nos próximos meses. Até o lixo hospitalar vai ter uma nova utilidade. “Temos algumas parcerias como a Coca-Cola. A usina de lixo orgânico vai aproveitar todo o tipo de resíduo. Para o lixo hospitalar, nós estamos preparando um incinerador que queimará o lixo em 1600 graus, temperatura que transforma tudo em cinza. A partir destas cinzas, podemos fazer tijolos. A cidade também vai ser contemplada com ciclovias. As nossas garrafas pets já estão sendo reaproveitadas em hortas. Queremos ser uma cidade modelo para o restante da Amazônia”, afirmou Ricardo Bessa.
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