Convite de filiação feito a sua desafeta, Luizianne Lins, ex-prefeita de Fortaleza, foi o motivo alegado por Cid para conversar com aliados sobre saída do PSB.
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse que vem sendo hostilizado dentro de seu partido e avisou que poderá rever sua posição de permanecer na legenda. A intenção do governador de ficar no PSB havia sido externada por ele na reunião da executiva do partido, na semana passada, mesmo após ser voto vencido na decisão do PSB de entregar todos os cargos negociados pela direção nacional no governo da presidente Dilma Rousseff.
Cid foi o único voto contrário ao desembarque do PSB do governo petista, durante a reunião da executiva socialista que deliberou sobre o assunto na semana passada. “Eu já tive a certeza de ficar, mas estou vendo gestos de hostilidade”, disse Cid.
A mudança no discurso ocorre no momento em que uma comissão organizada pela direção nacional do PSB no Rio de Janeiro fez um convite à ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, presidente do PT cearense, para que se filie ao partido. Cid e Luizianne são desafetos declarados.
O governador do Ceará preferiu não atribuir a responsabilidade pelo convite ao presidente da legenda e presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco. “Não acredito que ele teve essa coragem”, comentou Cid.
Ele também evitou falar sobre a possibilidade de se filiar ao PROS, partido que corre para conseguir um registro na Justiça Eleitoral e que poderá se tornar o destino de aliados do governador cearense interessados em permanecer na base de apoio a Dilma.
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