A dois dias do Festival Folclórico, cerca de 1200 pessoas foram às ruas protestar por melhores condições.
A onda de cidadania que tomou conta do Brasil com manifestações em várias cidades do País chegou a Parintins. A dois dias do Festival Folclórico, a Policia Militar estima que 1.200 pessoas foram às ruas protestar por melhores condições de vida, melhorias na saúde, educação pública no município e as verbas destinada ao Festival Folclórico.
Os manifestantes se concentraram em dois pontos: um grupo saiu da rua Jonathas Pedrosa, no Centro, e outro saiu do bairro da Francesa. Eles se encontraram na Avenida Amazonas, a principal da cidade, e seguiram ao Bumbódromo. Parte da via foi interditada e os policiais escoltaram os manifestantes por todo o caminho.
Na Avenida Amazonas, os manifestantes cantaram o hino nacional e questionaram o alto investimento no Festival, com gritos de guerra como: "Do festival eu abro mão, quero dinheiro pra saúde e educação". Eles também carregam cartazes que pediam que o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-Am) e a Policia Militar permanecessem na ilha apos o festival. Vários lojistas aplaudiram a passeata ao longo do caminho.
O Major da Polícia Militar, Márcio Santiago, que coordenou a equipe de segurança da manifestação, chegou a aplaudir o protesto. "Acho uma atitude legítima. O povo tem mesmo que se manifestar, mas sempre com ordem. Isso beneficia a todos", afirmou ele.
Depois de dobrar na rua Cordovil, os manifestantes chegaram à frente do Bumbódromo por volta das 19h. No local, eles cantaram o hino nacional de mãos dadas, aplaudiram o protesto pacífico e a Polícia Militar.
O diretor fiscal Cléber Soares, de 39 anos, ajudou na organização do movimento na Av. Amazonas e afirmou que, além das pautas nacionais, os manifestantes tem suas reivindicações regionais. "O festival folclórico é o maior do Norte do País, mas essa pujança econômica não chega ao povo da Ilha", disse.
A professora Maria Altair Navegante, 34 anos, criticou a falta de concurso público na educação municipal e a verba mínima para a área. “O prefeito precisa tomar providências. Ninguém sabem para onde vai a verba da educação”, ressaltou, Maria.
Um dos organizadores do movimento, o estudante Lucas Vieira, 19 anos, informou que nesta quinta-feira (27), os manifestantes se concentrarão na inauguração do novo Bumbódromo, às 10h. “Já tínhamos feito uma manifestação no dia 29 de abril e avisamos ao prefeito que, se não houvesse melhorias no município, voltaríamos às ruas”, afirmou Lucas.
Ele acrescentou que todos os recursos destinadas à ilha na época do Festival deveriam beneficiar o povo e permanecer de todos. “É incrível como as ruas são asfaltadas rapidamente e também a quantidade de policias que aparecem. Depois, tudo isso vai embora e o parintinense fica desamparado. Nós não podemos deixar isso acontecer”, alegou o estudante.
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