O deputado José Ricardo Wendling (PT) irá ingressar com representação no Ministério Público do Estado (MPE) para que o Governo do Amazonas conclua as obras do novo hospital do Município de Manaquiri (a 80 quilômetros de Manaus), que já duram três anos. “Falta gestão do Estado. Essa é mais uma obra de tantas que existem pelo interior e que se arrastam por anos para serem concluídas”. Ele esteve em visita à cidade no último final de semana, fiscalizando também a delegacia e a única escola estadual.
O hospital de Manaquiri funciona em um prédio improvisado, que era utilizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), enquanto o novo hospital não é concluído. No local, é reduzido o quadro de médicos e dos 62 funcionários que trabalham na unidade, a maioria é da Prefeitura, e não do Estado. “O Governo não realiza concurso público e essa é a atual realidade do interior”, declarou ele, ressaltando que esteve na obra do hospital, mas na localidade não há placa com valores do investimento, tão pouco prazo para a sua conclusão.
Na Polícia Civil, a delegacia funciona em um prédio antigo e pequeno e com uma série de problemas: há somente duas celas para abrigar 23 presos, como havia somente um policial trabalhando no momento, apesar de estarem lotados na unidade oito investigadores, dois escrivães e um delegado. “Além dele, apenas uma funcionária que estava cuidando da limpeza”, esclarece, enfatizando que um dos problemas da cidade está relacionado ao tráfico de drogas. “A polícia também não tem lancha para serviço na área ribeirinha”.
Já na Polícia Militar, que funciona em um prédio de madeira cedido pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), dos 14 PMs lotados na unidade, apenas três estavam de plantão naquele dia. “Os policiais reclamam também do valor do auxílio-alimentação e auxílio-moradia, que há cerca de dez anos não são reajustados, além da falta de estrutura adequada para trabalhar, com poucas viaturas e falta de lancha para a área ribeirinha”, afirmou.
E na Escola Estadual Anselmo Jacó, mais problemas: atende com 12 salas de aula superlotadas, sem segurança durante o dia, sem pedagogo, assistente social e psicólogo e com poucos funcionários para a limpeza. Também não tem bibliotecário, internet e nem auditório, como ainda a quadra de esporte precisa de reforma urgente. “Vou encaminhar ao Governo Indicação para a construção de uma nova escola na cidade, como também irei propor emenda ao Orçamento do Estado”. Todas essas demandas serão encaminhadas aos órgãos estaduais, como secretarias de Estado da Saúde (Susam), Educação (Seduc) e Segurança Pública (SSP).
Fonte: Assessoria de Comunicação
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