Ex-presidenta, líder da Nova Maioria, de centro-esquerda, alcança vantagem de 62,5% a 37,5% sobre candidata do atual presidente Sebástian Piñera, Evelyn Matthei, que já reconheceu a derrota.
Michelle Bachelet confirmou o favoritismo e será reconduzida ao Palácio La Moneda pela segunda vez. A ex-presidenta (2005-2009), liderando a coligação Nova Maioria, conquistou um novo mandato à frente da presidência da República ao derrotar em segundo turno a candidata governista, a conservadora Evelyn Matthei, candidata do atual presidente Sebástian Piñera por ampla vantagem: 62,5% a 38,5% dos votos válidos, resultado divulgado pela Justiça Eleitoral chilena às 20h30, com mais de 91% dos votos apurados. Bachelet, que foi a primeira mulher eleita presidenta no país, é também a primeira a ser reconduizda
A imprensa conservadora tem dado mais peso à elevada abstenção, superior a 50%, do que ao resultado. Na realidade, o favoritismo de Bachelet vinha se configurando desde que o início do governo Piñera. O atual presidente só contou com uma taxa relativamente alta de aprovação quando houve o incidente com os mineiros, no norte do país, em seu primeiro ano de governo. Na política – marcada pela tentativa de resgate dos princípios liberais, com redução do papel do Estado na economia e na vida social – o mandatário enfrentou um processo crescente de rejeição.
Como a opção por Bachelet vinha se confirmando há muito tempo, a abstenção não chega a comprometer a qualidade de sua vitória. Parte dos movimentos sociais e estudantis que travaram uma intensa queda de braços com o governo conservador viu na ex-presidenta uma possibilidade maior de diálogo e de emplacar suas reivindicações. A bandeira do sistema de ensino público em todos os níveis, desmontado desde a era ditatorial de Augusto Pinochet, foi incorporada pela Nova Maioria pelo menos como objetivo a perseguir.
Ex-presidente e deputada pedem volta do voto obrigatório.
Com informações da Agência Brasil, Telesur e da TVN (Televisión Nacional de Chile.
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