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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Amazonas teve 181 servidores federais expulsos por corrupção desde 2003

A CGU, administrada pelo ministro-chefe, Jorge Hage, divulgou dados dos últimos dez anos de demissões de funcionários públicos por atos de corrupção ou ilegalidade

Dados da Controladoria Geral da União (CGU) mostram que o governo federal demite mais de um servidor por dia, em média, por cometimento de irregularidades, em especial atos de corrupção. Tem sido assim nos últimos cinco anos. As informações são do portal Uol. A CGU tem como ministro-chefe Jorge Hage.

Desde 2003 até outubro deste ano, foram expulsos do serviço federal 4.481 funcionários públicos, média superior a 400 por ano. Somente este ano foram 433 casos em 10 meses. No Amazonas, foram sete, neste ano, e 181 desde 2003.

A maioria dos expulsos –3.794- saiu por demissão, enquanto 380 foram destituídos. A destituição ocorre quando se trata de cargo em comissão, e não de um servidor efetivo. Também há 307 casos de destituição de aposentadorias. A íntegra do levantamento pode ser conferida no portal da CGU na internet (http://www.cgu.gov.br/).

O número de demissão vem crescendo ao longo dos anos. Entre 2003 e 2012, o número de servidores expulsos praticamente dobrou. Foram 269 expulsos, no primeiro ano do governo Lula, saltando para 506 no ano passado.

Corrupção
A corrupção é a maior causa de expulsões do serviço público. Em 11 anos, foram 3.009 casos de demissões, destituições ou cassações de aposentadoria, o que representa mais de 60% do total. Outros 1.015 saíram por abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita.

O Estado com maior número de expulsões é o Rio de Janeiro, com 761 casos, mais que o Distrito Federal, que teve 556. Em São Paulo foram 438 casos. Juntas, as três unidades da federação responderam por 39% das demissões. Já o Acre registrou o menor número de demissões desde 2003: 23.

O Ministério da Previdência Social é o que teve mais expulsões, tanto em números absolutos como em termos proporcionais. Foram 1.140 casos, o que corresponde a 2,8% do total dos 40 mil servidores que passaram pela efetividade no período.
Os ministérios da Justiça e do Meio Ambiente são os outros dois que tiveram mais de 2% de funcionários públicos afastados nos últimos 11 anos. Já o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome não houve nenhum caso, segundo a CGU.

Segundo o economista e diretor do Instituto de cidadania Silvio Viana, Pedro Guido, a alta no número de servidores demitidos tem ligação direta com a maior fiscalização da CGU. “Nesses últimos oito, 10 anos, houve uma maior fiscalização. A própria CGU criou um trabalho nesse sentido, houve um maior controle sobre a questão da probidade administrativa”, disse.

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