Concessões de alforria e venda de escravos fazem parte das 243 páginas restauradas do acervo da comarca de Humaitá.
Os dois primeiros registros do livro de bens de 1980 de Humaitá são referentes a escravos. No primeiro, em 27 de fevereiro de 1880, Francisco Botelho concedeu liberdade a “um escravo de nome Faustino”.
Embora não se saiba quem foi Francisco Botelho, sabe-se que a família do governador Álvaro Botelho (década de 30 do século 20) tem raízes em Humaitá.
O segundo registro trata de um negócio menos nobre, porém comum na época: a venda de uma escrava de 19 anos. A negociação entre as senhoras Soares Serfaty e Antonia Jezus descrevia Cândida, assim: “preta solteira, filiação desconhecida, da Província do Maranhão”.
Entre o material restaurado, há ainda registro de um escrivão chamado Francisco Plínio Coelho, que pode ser o pai de Plínio Ramos Coelho, que foi governador do Amazonas entre 1955 e 1959.
Nenhum comentário:
Postar um comentário