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Segundo o professor Guilherme Fernandes Pereira, autor do livro Os Movimentos Populares em Itacoatiara: Conflitos e conquistas nas décadas dos anos 1980 e 2000, depois da greve de 1983, quando a categoria dos professores do Amazonas conquistaram piso salarial de 3 salários mínimos, fruto da luta coletiva da Associação Profissional dos Professores do Amazonas (APPAM), Gilberto Mestrinho congelou o piso salarial dos mestres por dois anos.
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Assim, diante das perdas salariais e a inflação “galopante” da época, a categoria tentou marcar audiência com o governador para discutir sua pauta de reivindicação, todavia, o governador recusava receber a direção da APPAM, comandada pelo professor Aloysio Nogueira. Diante disso, dia 26 de abril de 1985, em Assembleia Geral, os professores decidiram marchar até ao Palácio Rio Negro com o intuito de abrir diálogo com o governador “Boto Tucuxi”, alcunha dado pelo escritor Márcio Souza.
Gilberto, de sobrenome “Raposo”, mandou na manhã dia 29 de abril de 1985 o efetivo in totum da Polícia Militar do Amazonas, cerca de 3.700 homens, para frente da sede do governo, situado na época na Avenida Sete de Setembro, para evitar qualquer tipo de manifestação. Os professores, concentrados no Colégio Estadual Dom Pedro II, elegeram uma comissão de 20 pessoas formada pela direção da APPAM, Central única dos Trabalhadores – CUT, Associação dos Docentes da Universidade do Amazonas – ADUA, parlamentares e jornalistas, porém, ao aproximar-se da entrada do Palácio Rio Negro, a comissão foi violentamente agredida pela Polícia Militar, episódio que ficou registrado na história da luta dos professores como a “Batalha do Igarapé de Manaus”. Quem quiser saber mais compre o livro do professor Guilherme, publicado pela BK Editora (3238-6696/9631-7300).
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