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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Estudantes do nível médio ao pós-doutorado terão 75 mil bolsas em universidades no exterior


Programa Ciência Sem Fronteiras também pretende atrair pesquisadores que estão fora do País

Aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no exterior e fomentar o conhecimento inovador dos trabalhadores para impulsionar a competitividade da indústria nacional. Esses são objetivos do programa “Ciência Sem Fronteiras”, lançado pelo governo federal nesta terça-feira (26), que vai custear 75 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes do nível médio ao pós-doutorado. Serão investidos R$ 3,16 bilhões em 35 mil bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e em outras 40 mil da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

As áreas selecionadas pelo programa são Ciências da Saúde, Ciências da Vida e Engenharia e Tecnologias. Pelo programa, 27.100 bolsas serão destinadas à graduação; 24.600 para doutorado de um ano; 9.790 para doutorado integral; e 8.900 para pós-doutorado. Além disso, 2.660 vagas serão reservadas para estágio sênior de seis meses; 700 delas para treinamento de especialistas de empresas no exterior; 860 para jovens cientistas de grande talento; e 390 para pesquisadores visitantes especiais no Brasil. O governo espera que a iniciativa privada participe do programa com outras 25 mil bolsas de estudo, totalizando 100 mil. 

Mérito - Os bolsistas serão escolhidos por mérito. A seleção será feita a partir do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), gerenciado pelo Ministério da Educação, e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aos alunos que atingirem nota mínima de 600 pontos. Neste momento, estão aptos a concorrerem às bolsas 124 mil alunos em todos os 27 estados. Serão contemplados os estudantes com produção científica diferenciada, alunos premiados em olimpíadas científicas e que já tenham completado no mínimo 40% e no máximo 80% dos créditos necessários para obtenção do diploma. Os estudantes e pós-doutores do Ciência Sem Fronteiras terão o seu treinamento nas melhores instituições disponíveis, prioritariamente entre as 50 mais bem classificadas nos rankings da Times Higher Education e QS World University Rankings.

Áreas Prioritárias:

● Engenharias e demais áreas tecnológicas;
● Ciências Exatas e da Terra: Física, Química e Geociências;
● Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;
● Computação e Tecnologias da Informação;
● Tecnologia Aeroespacial;
● Fármacos;
● Produção Agrícola Sustentável;
● Petróleo, Gás e Carvão Mineral;
● Energias Renováveis;
● Tecnologia Mineral;
● Tecnologia Nuclear;
● Biotecnologia;
● Nanotecnologia e Novos Materiais;
● Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais;
● Tecnologias de Transição para a Economia Verde;
● Biodiversidade e Bioprospecção;
● Ciências do Mar;
● Indústria Criativa;
● Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva; e
● Formação de Tecnólogos.

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