A realização da Copa do Mundo no Brasil, as eleições nacionais de outubro próximo, a economia e o julgamento da Ação Penal 470 (AP 470) foram alguns dos principais temas abordados pelo ex-presidente Lula nas duas vezes em que veio a público em entrevistas nesta semana. O ex-presidente falou em uma entrevista ao jornalista Kennedy Alencar no Jornal do SBT, na noite de ontem e, também, em um vídeo convocando a militância petista para centrar forças na reforma política, divulgado após a Convenção do PT, no último fim de semana.
Ao Jornal do SBT, o ex-presidente analisou a tramitação e julgamento da AP 470. “Possivelmente, esse tenha sido o processo com a maior pressão de determinados setores dos meios de comunicação da história da humanidade (…). Nunca as pessoas envolvidas num processo foram condenadas com tanta antecedência como nesse caso”, observou.
“Agora, é recontar essa história”, apontou o ex-presidente Lula. “Esses companheiros, agora, precisam conquistar o direito de andar de cabeça erguida pelas ruas deste país”, complementou.
Copa
Como não poderia deixar de fazer, o ex-presidente Lula também deu seu pitaco na seleção brasileira. Disse estar confiante na condução do técnico Luís Felipe Scolari, o Felipão, mas observou que não podemos depender apenas de Neymar. Sobre o Mundial lembrou, ainda, que ao contrário da campanha do contra, “o povo brasileiro deu uma lição” e a Copa está acontecendo.
Ele também destacou a exposição do Brasil durante o evento, ponderando que em todos os países existem problemas, mas que isso não os impede de fazer eventos, pelo contrário. “No mundo inteiro, esses eventos ajudam a resolver parte dos problemas”.
Já sobre a manifestação de hostilidade contra a presidenta Dilma, na estreia do Mundial dia 12 pp. no Estádio do Corínthians, em São Paulo, , o ex-presidente foi categórico: “Eu digo sempre que a vaia e o aplauso é só começar que acontecem. Agora, aqueles palavrões me cheirou a coisa organizada, a preconceito, a raiva demonstrada. Possivelmente a gente tenha culpa. Vou repetir: que a gente tenha culpa de não ter cuidado disso com carinho”.
Economia
Ao jornalista Kennedy Alencar, o ex-presidente Lula, falou, ainda, sobre a economia brasileira, alertando que não foi apenas o Brasil que não cresceu a contento nos últimos anos, mas também os Estados Unidos, a França, a Alemanha e até mesmo a China. “Poucos países cresceram mais do que o Brasil”, ponderou, reforçando o compromisso da presidenta Dilma na redução da inflação para o centro da meta de 4,5%.
Sobre seu papel no jogo político, o ex-presidente deixou clara a consciência que tem sobre sua importância. “Tenho muita força política no Brasil e vou dedicá-la para (re)eleger a Dilma”. Sua previsão é que a presidenta faça um 2º mandato “extraordinário”. “Vai acontecer o que aconteceu comigo”, complementou.
Campanha pela reforma política
Além da entrevista ao SBT, o ex-presidente gravou um vídeo destinado a militância, no contexto da segunda parte da campanha pela Reforma Política do PT, lançada na Convenção do partido no último fim de semana.
No vídeo, o ex-presidente enfatiza que o novo Brasil que vivemos é fruto da “elevação do nível de consciência da maioria do povo, sobretudo dos trabalhadores e excluídos”.
Ressalta, ainda, a urgência de fortalecermos os “mecanismos de participação popular na definição de políticas públicas”, bem como de garantirmos a legitimidade das instituições democráticas, diminuindo a interferência do poder econômico nas eleições. O estímulo ao interesse dos jovens e ampliação da participação feminina são também mencionados pelo líder petista.
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