O Índice Geral de Preços – Mercado, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou nova queda no mês de junho, recuando 0,74%, já tendo registrado deflação de 0,13% em maio. Com este resultado, o índice acumula alta de 2,45% no ano de 2014 e 6,24% em 12 meses. A queda do IGP-M novamente pode ser explicada, em grande medida, pela redução de preços dos produtos agropecuários, que apresentaram deflação de 3,73%, levando à queda de 1,44% no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, que compõe 60% do IGP-M). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC, que compõe 30% do IGP-M) subiu 0,34%, índice também inferior ao registrado em maio de 2014.
A reiterada queda do IGP-M irá certamente causar novas reduções nos outros índices inflacionários, devendo trazer o IPCA para mais próximo do patamar de 0%. Se por um lado tal queda é uma boa notícia, ela se faz insuficiente para fazer recuar a inflação acumulada em 12 meses, já que em 2013 os índices de inflação neste período do ano se aproximaram de 0% também. Sendo assim, o que se pode dizer é que não há mais urgência no combate à inflação no curto prazo, dado o ritmo lento de crescimento da economia e o fato de que não há novos choques de preços esperados. Este alento, no entanto, não será suficiente para jogar o acumulado da inflação para baixo, fato que provavelmente só ocorrerá realmente ao final do ano, caso o governo decida não aplicar os reajustes de combustíveis e energia elétrica ainda em 2014. Como o mercado financeiro projeta o reajuste (ou parte dele) ainda para este ano, sua previsão é que a inflação feche 2014 próxima ao teto da meta, em 6,4%.
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