Todos são títulos de liderança – os três primeiros de origem árabe e o último iraniano. Sultão é de uso governamental e deriva de “sulta” (poder). Vale para autoridades desde o fim do século 10 e, atualmente, intitula os monarcas de Brunei e Omã, além de líderes regionais nas Filipinas, na Indonésia e na Malásia. Xeique, por sua vez, deriva de “shakha” (ancião). Pode ser atribuído a autoridades religiosas ou políticas. Já emir (comandante ou príncipe) serve para líderes políticos e militares. Os chefes-executivos do Catar e do Kuwait levam o título, assim como os governadores dos Emirados Árabes Unidos. Por fim, xá significava “imperador da Pérsia”. O termo resistiu mesmo com a invasão árabe à região do atual Irã, mas desapareceu de vez após a Revolução Iraniana e a instituição do governo aiatolá. Desse título surgiu a expressão do xadrez “xeque mate”: o “xá (rei) morreu”. Até pelo menos a primeira metade do século 13, califa foi o título árabe mais importante, atribuído ao representante do profeta Maomé
Fonte: Mamede Jarouche, professor do Departamento de Letras Orientais da USP, e José Farah, diretor de relações nacionais e internacionais do Instituto da Cultura Árabe.
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