O deputado estadual José Ricardo (PT) assinou hoje o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desvio de recursos públicos da saúde realizado por meio de entidades sociais sem fins lucrativos. A iniciativa de investigação é da deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB) e já conta com a assinatura de cinco parlamentares.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF), com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal, deflagrou a Operação “MAUS CAMINHOS”, que visa desarticular uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas. De acordo com a PF, uma das fraudes foi na aquisição do sistema de gestão hospitalar, em que o instituto investigado pagou a uma das empresas do grupo criminoso o valor de mais de R$ 1 milhão por um serviço que poderia ser adquirido pelo estado pelo valor real de cerca de R$ 318 mil(superfaturamento de quase 400%). O montante desviado ilegalmente chega a superar R$ 112 milhões.
“Por isso diziam que não havia dinheiro para os hospitais e a manutenção das unidades de saúde. Esta aí a razão pelo qual o Governo do Estado propôs o fechamento dos Caics, Caimis, Policlínicas, Maternidades. Não tem dinheiro para a saúde porque os recursos estavam sendo desviados para favorecer estas empresas, que prestavam o serviço cobrando valores bem superiores aos praticados no mercado, e, que segundo as investigações, há casos em que pagamentos foram efetuados em duplicidade, e outros repassados a serviços não prestados”, criticou José Ricardo que, em maio de 2016, ingressou com representações no Ministério Público do Estado (MPE) e no Ministério Público Federal (MPF)para denunciar a proposta de “reordenamento” no sistema de saúde proposto pelo governo estadual, que consistia no fechamento de diversas unidades, e a precariedade desta área.
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia Legislativa, José Ricardo realizou Audiência Pública no Parlamento, que discutiu esse reordenamento com várias entidades como Defensoria Pública do Estado (DPE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM), Conselhos Estadual e Municipal de Saúde, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Sindicato dos Cirurgiões Dentistas, Cáritas Arquidiocesana. Neste debate, não estiveram presentes nem os secretários Municipal e de Estado da Saúde (Semsa) e (Susam) e nem representantes destas pastas apesar de terem sido convidados.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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