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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Brasil obtém recorde de emprego em março


Boa notícia. Nosso país registrou um recorde: há 12 anos, não tínhamos um índice de desemprego tão baixo para um mês de março. Uma vitória, ainda mais se compararmos esses índices com a situação de outros países, como a Espanha e a França.

Vamos aos números. Neste março, o desemprego ficou em 5,7%, em um nível semelhante ao registrado em fevereiro (5,6%) e janeiro (5,4%). Trata-se, segundo o IBGE, da menor taxa para o mês desde o início da série da entidade em 2002.

Foram pesquisadas seis regiões metropolitanas. O total de pessoas desocupadas em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo é de 1,373 milhão, o equivalente a um recuo no desemprego de 8,5% em relação a março de 2012 e uma alta de 1,2% em relação a fevereiro deste ano.

Vale destacar que o total de pessoas ocupadas nessas regiões chega a 22,922 milhões – alta de 1,2% em relação a março de 2012 e uma leve queda de 0,2% em relação a fevereiro. Além disso, o número de empregos com carteira assinada cresceu 2,8% em relação a março de 2012, embora tenha tido queda de 0,5% em relação a fevereiro.

Lá fora a realidade é outra

Apenas para que vocês tenham ideia do que significam esses números no contexto internacional, vejam a grave situação de países como a Espanha e a França e comparem com a nossa situação.

Na Espanha, o número de desempregados superou, pela primeira vez, a marca de 6 milhões de pessoas: 27,16% da população ativa no país está desempregada e 237.400 perderam seus empregos no primeiro trimestre deste ano.

De janeiro a março, a ocupação diminuiu em 322.300 postos de trabalho. O número de trabalhadores, 16.634.700, representa uma taxa de atividade de 59,68%. A situação fica ainda mais grave quando avaliamos que o número de desempregados há mais de um ano chegou a 2.901.100 pessoas nesse período.

Em um ano, o número de desempregados na Espanha cresceu em 563.200 pessoas, enquanto a ocupação caiu em 798.500. E o mais cruel, 57,22% dos trabalhadores com menos de 25 anos estão sem ocupação, o equivalente a 960.400 mil jovens.

Já na França, o número de desempregados inscritos em centros de empregos já chega a 3,2 milhões de pessoas. Matéria no Opera Mundi destaca que este é o pior nível dos últimos 16 anos naquele país. Em março de 2013, foram registrados 11,5% desempregados a mais do que no mês de fevereiro. “Isso significa que, nesse mês, quase duas mil pessoas por dia útil perderam emprego no país, já que os novos inscritos totalizaram 36.900 pessoas (aumento de 1,2% face a fevereiro)”, aponta a matéria.

Por fim, há o levantamento do FMI que aponta o Brasil – num ranking de 42 países – como o país que mais reduziu a taxa de desemprego desde 2008, quando do estouro da crise financeira internacional. Naquele 2008, 7,9% da população ativa brasileira estava desempregada. Em 2012, a proporção passou para 5,5%. Ao todo, conquistamos uma queda de 30% na taxa de desemprego.

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