General Augusto Heleno fica em silêncio parcial em interrogatório sobre golpe no STF.


O ministro Alexandre de Moraes tentou obter respostas de Heleno sobre uma agenda revelada pela revista VEJA, que continha anotações do militar com um plano para coagir a Polícia Federal. O documento registra um compilado de medidas que poderiam tolher o trabalho da corporação e, no limite, levar à prisão de delegados.

Segundo as anotações, o plano consistia em unir o Ministério da Justiça, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Presidência da República para, a pretexto de combater supostas decisões judiciais exorbitantes, impedir que a polícia cumprisse determinadas ordens judiciais.

O roteiro detalhado pelo ex-ministro funcionaria da seguinte forma: primeiro, o Ministério da Justiça identificaria uma linha de atuação para a PF; na sequência, instada pela pasta, a AGU apontaria que tipo de decisão judicial seria legal ou ilegal; e, por fim, o presidente da República daria força normativa à nova regra, que previa, por exemplo, prender em flagrante um delegado que se dispusesse a cumprir uma ordem judicial previamente classificada como ilegal pela AGU.

Heleno manteve-se em silêncio diante dos questionamentos sobre o documento.

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