Aproximadamente três mil professores das redes Municipal e Estadual de ensino realizaram, na manhã desta quarta-feira (30), uma passeata no Centro de Manaus para reivindicar direitos trabalhistas. O percurso iniciou da Praça do Congresso e chegou a fechar o terminal da Matriz durante 20 minutos.
A ação é promovida pela Associação Movimento de Luta dos Professores de Manaus (Asprom). De acordo com o presidente Lambert Melo, o movimento é advertência.
A paralisação prejudicou as aulas em escolas do Estado e do Município. A rede municipal de ensino já estuda fazer reposição das aulas aos sábados.
“Este é o segundo dia de paralisação, nosso objetivo é dar um recado ao governador José Melo. Pedimos a ele que nos ouça e conceda o direito de negociação a nossas reivindicações. Já conversamos com o Chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, para intermediar uma conversa com Melo até sexta-feira (3)”, disse o presidente.
Os servidores municipais reivindicam a aprovação do plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), além do cumprimento das horas de trabalho pedagógico (HTP).
Já os professores da rede estadual protestam para conseguir a aprovação da proposta de lei para a implantação do vale transporte, ticket alimentação, plano de saúde, eleições diretas para diretores, 20% de reajuste salarial para categoria, entre outros.
Lambert também falou sobre o atraso do dissídio coletivo da categoria que está atrasado e a omissão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).
"Todo ano eles atrasam. Fizemos uma carta para a sociedade apelando a aprovação de nossas reivindicações. O sindicato é omisso e não nos representa", completou.
Na segunda-feira (28), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Marcus Libório, manifestou-se contrário a uma ameaça de greve feita por um grupo de professores que se diz independente do Sinteam.
Conforme informações do chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, governo do Estado encaminhará hoje para Assembleia Legislativa do Estado (ALE) os projetos de lei que tratam das datas-base dos servidoresda Educação, com aumento de 8,62%.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que está em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam). Sobre a data base dos professores, o responsável pelas finanças da Prefeitura de Manaus está estudando a melhor proposta possível para a categoria.
Para não causar nenhum prejuízo aos alunos, os pedagogos, os gestores e os coordenadores do programa Mais Educação foram orientados a realizar atividades extraclasse na quadra de esportes, biblioteca, refeitórios e em outras áreas da unidade de ensino onde o professor não comparecer. Caso necessário, as aulas serão repostas aos sábados.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou por meio de um comunicado que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) é o órgão legítimo de representação dos educadores do Estado e, com ele, vem estabelecendo uma agenda intensa de reuniões discutindo propostas de melhorias para a classe, das quais muitas já foram viabilizadas como a revisão completa do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Seduc.
Sobre a paralisação ocorrida no dia de hoje, a Seduc informou que de suas 242 escolas na capital, 21 delas tiveram suas atividades interrompidas no período matutino por conta da ausência de professores.
Fonte: http://www.d24am.com/noticias/amazonas/cerca-de-tres-mil-professores-fazem-passeata-no-centro-e-fecham-terminal-da-matriz/111269
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