Naquela entrevista a uma dezena de blogueiros concedida em seu Instituto, o ex-presidente Lula voltou a cobrar a aprovação de um marco regulatório para a mídia, a instituição no país de uma série de mecanismos de regulação dos meios de comunicação, que atenue ou elimine o poder absoluto nas mãos dos barões da mídia, hoje, no Brasil.
O ex-presidente acusou a mídia de tratar o governo Dilma Rousseff e a presidenta de forma desrespeitosa e de fomentar intrigas entre ele e sua sucessora. Da mesma forma com que trataram com parcialidade, sem a mínima isenção, com dois pesos e duas medidas, os casos dos mensalões do PT e mineiro, promovendo verdadeiro massacre ao noticiar o processo e os réus da Ação Penal 470, petista, ao mesmo tempo que que esconderam e tiveram a máxima condescendência com o escândalo de Minas Gerais.
Ministros do STF: nos mensalões, dois pesos e duas medidas
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pelo envio para a 1ª instância da Justiça de Minas, da ação contra o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no processo do chamado mensalão tucano.
“Nunca vi nada igual”, lembrou o ex-presidente. “(No processo contra o PT) o massacre era apoteótico, que eu não vi agora no caso de Minas Gerais. Ou seja, dois pesos e duas medidas. Os mesmos que defendiam a forca para o José Dirceu estão defendendo um julgamento civilizado e tranquilo para os outros, que é o que deveria ser para todos. Se a pessoa está em julgamento, ela é inocente até que se prove o contrário.”
Ele observou, ainda, que a imprensa “teve papel de condenação explícita antes de cada sessão (do STF)”, no caso do processo relativo ao pessoal do PT. Para o ex-chefe do governo, é preciso “ter paciência” para recontar a história do mensalão e “mostrar qual foi o papel dos meios de comunicação” durante o processo.
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