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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Número dois do Ministério do Turismo e mais 37 são presos em operação da PF

Frederico Silva da Costa já está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília
O número dois do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, secretário-executivo da pasta, está entre 38 presos na Operação Voucher da Polícia Federal, que foi deflagrada na manhã desta terça-feira (9), em Brasília, São Paulo e Macapá. 

Além de Costa, foram presos o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, um ex-presidente da Embratur, servidores do ministério e funcionários de uma ONG. 

Em nota, a PF informou que há indícios de desvio de recursos públicos do Ministério do Turismo além de outras irregularidades em um convênio firmado entre o ministério e a instituto Ibrasi , uma organização não governamental, para capacitação profissional para o turismo no Estado do Amapá (convênio nº 718467/2009 - MTur/IBRASI). 

A operação, que teve início às 6h desta terça, teve a participação de 200 policiais federais, divididos em São Paulo, Brasília e Macapá, que cumpriram 19 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e 7 mandados de busca e apreensão.

A assessoria de imprensa do ministério disse ainda não ter informações sobre o caso, mas informou que o ministro Pedro Novais, que estava em São Paulo, já está a caminho da capital federal. A assessoria disse ainda que a pasta deve se pronunciar ainda hoje sobre o caso.

O Ibrasi, alvo das investigações
Os dois telefones informados em seu site oficial, porém, não pertencem ao instituto. O primeiro, de São Paulo, é de uma loja de tecidos. O segundo número, do Rio Grande do Sul, está desativado. A reportagem também enviou e-mails aos dirigentes solicitando esclarecimentos, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Em seu site, o Ibrasi informa ser uma “instituição não-governamental, voltada para as questões e temas ligados à legislação sanitária e às ciências ambientais”. Teria como funções contratar profissionais nessas áreas para cursos, projetos e orientação aos membros do instituto em seus serviços de qualificação.

Polícia Federal
De acordo com a Polícia Federal, o convênio firmado entre o ministério e o instituto seria irregular porque a contratação teria sido direcionada para empresas ‘pertencentes a esquema de corrupção’, de acordo com nota da PF. 

Além disso, a instituição não teria condições técnicas de realizar o serviço,cotações prévias não teriam sido feitas, houve pagamento antecipado por serviços não prestados, entre outras irregularidades.

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