José Ricardo quer incluir psicólogos nas escolas estaduais e particulares do Amazonas

Ao destacar a dificuldade de se discutir o tema da educação com prioridade, seja por parte do poder público e da própria sociedade, o deputado José Ricardo Wendling (PT) disse que irá apresentar neste semestre várias propostas educacionais, enfatizando o Projeto de Lei que protocolou hoje e que inclui a contratação de psicólogos para as escolas estaduais e privadas do Estado. “Enquanto que em cerca de 70% das escolas particulares têm psicólogos, nas escolas estaduais esses profissionais não chegam a 3,5%. São apenas 18 profissionais de psicologia para 560 escolas”.

De acordo com o Conselho Regional de Psicologia, ratificado pelos educadores, psicólogos são fundamentais nas escolas para acompanhar os problemas psicológicos dos trabalhadores da educação, que são cada vez mais freqüentes, bem como o desempenho escolar dos estudantes. “Basta perceber que nas escolas particulares, onde existem esses profissionais, os índices de rendimentos educacionais são bem mais alto do que nas escolas públicas, que quase sempre estão nas últimas colocações de desempenho”, informa o parlamentar, que também propõe no projeto a realização de concurso público para a contratação de psicólogos.

Falta de prioridade

Ele explica que dentre os vários problemas enfrentados pela população amazonense, segurança, transporte, buracos nas ruas e até mesmo o trânsito ainda aparecem como principais pontos de preocupação social, deixando de lado as questões educacionais. “Eles podem estar até indignados com as escolas dos seus filhos, que pouco têm aula, mas essa acaba não sendo sua prioridade. O que é uma preocupação, porque num momento de debate, onde deveriam surgir questionamentos e cobranças, o povo pouco fala e participa”, diz ele, referindo-se à Audiência Pública realizada nesta segunda, da qual participou na Assembleia Legislativa, sobre o Plano Nacional de Educação (PNE).

Da mesma forma, o deputado fala sobre os governantes, que no momento de campanha política tem a educação como um dos motes principais, porém, quando está no exercício do mandato se esquece dessa prioridade, alegando não ter recursos financeiros. “E o resultado disso é o analfabetismo ainda presente no nosso Estado, sendo mais freqüentes os chamados analfabetos funcionais, aqueles que sabem ler, mas não conseguem interpretar, discutir assuntos e propor mudanças e melhorias seja em qualquer área ou assunto”.

Por isso, José Ricardo ressalta a importância da gestão eficiente na educação. Como vereador, visitava toda semana escolas municipais, elencando os principais problemas; e agora como deputado, tem fiscalizado escolas estaduais em todos os municípios em que visita. Ele cita como exemplos a Escola GM3, no Município de Tefé, onde professores e alunos sofrem com estrutura precária, com risco até de incêndio, e sem perspectiva de melhoria; como também em Codajás, onde a única escola de ensino médio está fechada, porque não oferece condições adequadas aos seus moradores, aguardando há anos reforma geral no prédio. “Isso é um tremendo descaso com a população e o resultado de uma gestão deficiente”, declara ele, enfatizando que espera que o poder público coloque a educação como prioridade, começando com a aprovação de emendas que surgirão quando da votação do Orçamento Estadual.

Fonte: Assessoria de Comunicação