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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Superlotação na Delegacia de Iranduba causa três mortes

Delegacia também funciona como presídio do município. Motim foi controlado e os corpos foram removidos pelo Instituto Medico Legal de Manaus.
Após o fim da rebelião, presos foram mantidos em uma área atrás da delegacia. Foto: Jair Araújo Após o fim da rebelião, presos foram mantidos em uma área atrás da delegacia.
Manaus - Uma rebelião na delegacia de Iranduba, que funciona como presídio do município, acabou com três mortos, na madrugada deste domingo, segundo informações da Policia Militar. Viaturas da Ronda Ostensiva Cândido Mariano foram enviadas para o município, que fica distante 27 quilômetros de Manaus. O batalhão de Choque da PM também enviou um efetivo para contribuir com o trabalho no local.

Os corpos foram removidos do local após a chegada do Instituto Medico Legal de Manaus. Morreram no motim os presos Elir da Silva Pacheco, Aldenir Mendonça Silva e Ailton dos Santos Melo. Uma quarta pessoa foi gravemente ferida na rebelião e teve que ser levado ao hospital do município.

Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Lélio Lauria, a juíza tiutular da comarca de Iranduba, Luciana Eira Nasser, impediu os policiais de invadirem a carceragem e ajudou a negociar o fim da revolta. A cadeia da Delegacia Regional de Iranduba abriga presos provisórios e condenados pela Justiça, os quais estão sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus).

Lélio Lauria informou que entre os motivos do motim é a superlotação na carceragem e o atraso no andamento dos processos criminais. O secretário executivo adjunto da Sejus, coronel PM Bernando Encarnação, está em Iranduba para apurar mais informações sobre o motim deste domingo.

Violência

Esta é a segunda rebelião no Estado em menos de uma semana. Na última terça-feira, dia 10, houve rebelião na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, na Avenida Sete de Setembro, no Centro de Manaus. Seis servidores do presídio foram feitos reféns por cerca de sete horas. O motim acabou com três detentos mortos. O Raimundo Vidal Pessoa tem capacidade para 180 presos, mas hoje tem cerca de 820 detentos no local.

Fonte: http://www.d24am.com

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