Para o deputado Francisco Praciano (PT/AM), há muitos anos que os aumentos das passagens de ônibus, em Manaus, são marcados pela falta de transparência. A planilha tarifária sempre foi uma caixa preta. Paga-se, pelo direito à passagem de ônibus, o preço estipulado pelos empresários do sistema de transporte coletivo, sem que sejam disponibilizados de forma clara ao usuário, ou ao menos para à Câmara Municipal, as Memórias de Cálculo que subsidiam os números das planilhas divulgadas. O que se vê, na Internet, no máximo, são resumos dos dados que levam ao aumento divulgado.
" É preciso que o novo prefeito de Manaus, bem como os que vierem após ele, reconheça que o transporte coletivo é um dos serviços públicos mais importantes para a sociedade e o preço por esse serviço não pode mais continuar sendo estipulado sem a devida transparência. Chega de falta de autoridade por parte do Poder Público nessa área. O novo prefeito tem o apoio do povo e, portanto, a oportunidade para romper com essa situação", afirma o petista .
Praciano defende que o aumento solicitado pelos empresários, para vigorar já a partir deste ano, o atual prefeito – até mesmo por estar nos últimos dias de sua administração - não deveria decretá-lo sem que, da mesma forma, comprove junto à Câmara Municipal, a representantes do Ministério Público e a representantes da sociedade civil organizada, que o aumento solicitado é justo. É preciso, portanto, que seja apresentada uma planilha confiável que dê à sociedade a certeza de que se está pagando um preço justo. Qual é o problema de se abrir, para a sociedade, os números que compõem a planilha do preço do ônibus. " É preciso que seja divulgado, dentre outros itens: o faturamento das empresas; o recolhimento das obrigações trabalhistas; a quilometragem real rodada pelos ônibus; o número de passageiros pagantes; o custo com despesas de manutenção; o impacto dos incentivos municipais e estaduais na tarifa; o impacto da meia passagem e das gratuidades na tarifa", defende o parlamentar.
O petista disse ainda que sem isso, qualquer novo aumento não será confiável, muito mais em Manaus, onde os serviços são de péssima qualidade.
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