Com a exceção das crianças que usam como motivo para não se exercitarem a boa e velha preguiça, alguma vez você já procurou saber por que seu filho (ou sobrinho) não gosta de praticar educação física na escola?
Na maioria das vezes, o horário indevido e espaços inadequados são apontados pelos próprios alunos como o grande vilão para a evasão de certas atividades escolares.
Insolação, desidratação, melasmas (manchas em tom marrom, causadas pela exposição ao sol) são apenas algumas das doenças causadas pela exposição da pele ao sol sem a proteção adequada.
E assim como faz mal para quem precisa encarar o forte sol para exercer uma atividade física ou trabalhar, também colabora para o abandono da “matéria” educação física por parte de alguns alunos.
É o caso dos estudantes da Escola Estadual Luizinha Nascimento, no bairro Praça 14 de Janeiro, na rua Tarumã, Zona Sul. Por volta de 15h40 da última quinta-feira, durante a visita da equipe do Pódio a escola, a aluna Elaine Monteiro, 15, estudante da nona série, esperava na sombra da porta da escola enquanto os colegas de sala faziam “a aula” na quadra aberta em frente à escola. Segundo ela, a atividade começa as 15h e vai até às 16h30. Mas devido ao forte sol nese horário, ela sempre falta às aulas quando elas são realizadas na quadra aberta. “Normalmente eu não faço essa aula. Só venho por vir. Minha mãe sabe que não faço. Quando é dentro da escola tudo bem, assisto aula. Mas lá fora, com esse sol, prefiro pegar falta”, disse.
Para a aluna da nona série, Beatriz Fernanda, 15, a justificativa para faltar a aula é o mesmo: o forte calor. Beatriz disse, ainda, ter apresentadosintomas da insolação quando tentou praticar atividades da aula de educação física na quadra coberta.
“No dia que joguei, senti uma tontura. Falei para o professor e ele me liberou. Tomei um pouco de água e fui para a sombra. Até hoje, quando sei que a aula é na quadra, venho só para ficar com as amigas”, revela.
Positiva para quem
Diretora e gestora da escola desde o início de 2012, EcileneSolart admite que a mudança do horário da educação física para o contraturno (quem estuda pela manhã faz a tarde e vice-versa) foi uma mudança positiva para o aluno. “Antigamente era durante o período da aula e era pior. O horário só é difícil por que a nossa quadra não é coberta. Os pais reclamam, mas a escola faz o que pode”.
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