Por: Francisco Praciano*
Aqueles que exercem cargos na política, de modo geral, sempre são chamados para participar de reuniões ou manifestações com algum cunho político. Ao longo da minha vida pública tenho participado de centenas de reuniões e movimentos contra a corrupção, pela melhoria dos serviços de água e esgoto, pela melhoria dos serviços de transporte coletivo ou dos serviços de saúde e educação, etc.
No último domingo, porém, recebi um convite diferente dos que geralmente recebo. Fui convidado para participar da inauguração de uma calçada, na Avenida Belo Horizonte, no bairro Aleixo. O local foi batizado como “Calçada dos Amigos”, com direito, inclusive, a uma placa contendo os nomes das dezenas de amigos que lá se reúnem, ao menos uma vez por semana, para discutir futebol e política, falar da vida ou, simplesmente, tomar cerveja nos dias de muito calor. Os amigos que lá frequentam, segundo pude observar, possuem variadas preferências políticas e paixões por diferentes times de futebol. Foi escolhido para presidente da “Calçada dos Amigos” um flamenguista e para vice-presidente um vascaíno. A unir esse grupo, a amizade.
Perto da casa onde moro, no Parque Dez, muitos dos meus vizinhos também se reúnem no bar do Kaneko, nos finais de semana, para ouvir música tocada pelo violonista que estiver presente, cantar (geralmente de forma desafinada) com o violonista, expressar suas opiniões sobre o assunto do momento e, até, para tentar “resolver os problemas do mundo”. Com orgulho, faço parte desse grupo.
Sei que tanto o grupo da Belo Horizonte quanto o do bar do Kaneko são apenas dois dentre os muitos grupos de amigos que se reúnem – vez por outra ou semanalmente - nos vários bairros de Manaus. Dizia o poeta Mário Quintana: “a amizade é um amor que nunca morre”. Concordo com o poeta e espero, sinceramente, que mais pessoas descubram a importância da amizade.
* Publicado na terça-feira, 29 de novembro de 2011, no Jornal Dez Minutos.
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