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quinta-feira, 9 de junho de 2011

TAMBÉM TEMOS AÇAÍ


Em pouco mais de 20 anos, mais precisamente a partir do início dos anos 90, o Estado do Pará tornou-se o maior produtor de um dos produtos florestais não-madeireiro da região amazônica, o açaí.
Um documento intitulado “A importância do Açaí no Contexto Econômico, Social e Ambiental do Estado do Pará”, produzido pela Secretaria de Agricultura daquele Estado, em 2011, informa que a produção de Açaí no Pará, em 2010, foi de aproximadamente 700 mil toneladas, mobilizando 50 mil famílias e cerca de 300 mil pessoas nessa produção. Essa produção, além de representar 70% da fonte de renda da população ribeirinha, também gera emprego para milhares de famílias que trabalham nas fábricas de processamento do fruto em Belém. Toda essa produção, além disso, tende a crescer a uma taxa de 30% ao ano, com grade possibilidade de duplicar em apenas três anos, uma vez que o mercado consumidor desse produto é grande, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e no nordeste.
Tudo se aproveita do açaizeiro, o que faz aumentar sua importância socioeconômica: o vinho que é apreciado por quase todo brasileiro, os caroços que são utilizados em artesanato e na fabricação de adubo, o palmito e até as folhas que são utilizadas para cobertura de casas da população ribeirinha. Dele, também se produz cosméticos, fármacos, corantes naturais e celulose.
E nós, aqui do Amazonas? Penso que devemos continuar lutando pela Zona Franca, mas não podemos continuar com o risco de dependermos somente dela, como dependemos da borracha que um dia acabou. Precisamos de uma atuação mais séria, por parte dos nossos governantes, para que também possamos produzir, em grande escala, nosso cupuaçu, nossa pupunha, nosso guaraná, nosso abacaxi e, até mesmo, o nosso açaí. Já perdemos vinte anos em relação ao Pará. Não dá mais para perdermos nenhuma hora.
 (Publicado em 07   de  junho  /2011, no Jornal Dez Minutos por Francisco Praciano)      

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