terça-feira, 3 de julho de 2012

José Ricardo cobra do Governo mais empenho na busca de novas alternativas econômicas para o Amazonas

Novamente preocupado com as constantes demissões de funcionários no Polo Industrial de Manaus (PIM), que já chega a 12 mil nesses primeiros seis meses do ano, quase o dobro, se comparado com o mesmo período de 2011, o deputado José Ricardo Wendling (PT) declarou que é preciso haver mais empenho do Governo do Estado na busca de planejamento e de novas alternativas econômicas para o Amazonas. “Hoje, somos dependentes do Polo Industrial. Se há demissões no setor, como resultado da economia mundial, há também redução da produção e das vendas e, consequentemente, da arrecadação estadual”.

Para ele, em reuniões do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), como a que acontece hoje (3), deveriam ser discutidos, realmente, o desenvolvimento do Estado e as alternativas econômicas, e não somente a homologação de projetos econômicos e de incentivos fiscais. “Sabemos que boa parte dos municípios, por exemplo, não tem estrutura adequada para que seja instalada uma indústria, porque não se tem portos decentes, como ainda um terço deles não tem pista de pouso para aviões e outra parte delas nem homologadas estão. Afinal, quem irá coordenar essas ações no interior, para melhorar a logística aérea e fluvial?”, questionou ele, ressaltando que a energia também é outro problema a ser solucionado nesses locais.

O parlamentar lembrou ainda que esse abandono no interior vai longe. E citou como exemplo o Município de Nova Olinda do Norte (a 135 quilômetros de Manaus), onde esteve neste final de semana: “visitei a delegacia e encontrei o delegado sozinho, porque o escrivão e o único investigador da cidade estavam de férias. Também reclamou da falta de lanchas para atender as comunidades. Já os PMs, somente quatro que se revezam nos plantões, falaram da falta de equipamentos de comunicação. E na cadeia pública, uma casa onde se amontoam 37 pessoas, os presos tomam banho de sol no meio da rua pela falta de espaço adequado”.

Ao visitar o hospital da cidade, os problemas não foram menores: prédio com muitas goteiras, precisando de reforma urgente; aparelho de RX antigo e sem funcionar pela falta de manutenção; apenas um médico estrangeiro atendendo, como ainda uma única enfermeira. “Um total abandono. Vou encaminhar esses relatórios, como sempre faço, às secretarias de Estado de Segurança Pública, de Justiça e de Saúde. Não dá para falarmos em desenvolvimento do Amazonas sem falar de planejamento, com portos e aeroportos funcionando, com energia regular e com segurança e atendimento médico garantidos aos antigos e novos moradores. E é isso que está faltando nesse governo atual”.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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